quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Guaraqueçaba e Caiobá



Certo dia, eu minha prima e umas amigas decidimos ir à Guaraqueçaba.

Algumas amigas só poderiam ir no dia seguinte, então combinamos que 4 iriam naquele dia e o motorista levaria as outras 3 no dia seguinte.

O caminho até chegarmos a fazendo não foi muito fácil. Fomos com um carro novinho, recém-tirado da loja, pegamos várias pedras enormes, batemos o carro em alguns galhos e ficamos muito tempo paradas na estrada para darmos passagens a uma boiada. A estrada não tinha iluminação, por esse motivo as vezes éramos obrigadas a fazer algumas paradas obrigatórias, nem sempre conseguíamos ver um barranco, um muro ou uma enorme pedra no caminho...rs

Cinco horas depois, estávamos na fazenda.

No outro dia fizemos almoço e resolvemos esperar as amigas em frente ao mirante na estrada. Quem conhece a família Zippin, sabe que um simples momento pode se transformar em um grande momento.

Separamos toalha, frios, champanhe, taças e partimos com nosso piquenique a espera de nossas amigas. Assim que chegamos ao mirante, arrumamos tudo em cima do capô do carro a toalha e os demais comes e bebes e ficamos tocando violão enquanto aguardávamos a chegada das demais.

Horas se passaram e as amigas chegaram. Cantamos, comemos, bebemos e fomos embora.

Sim, simplesmente fomos embora, quem lembrou de tirar as coisas do capô do carro? As taças e as garrafas caíram no chão, não sobrando nada. O presunto restante colou no para-brisa  A toalha, que ficou presa em apenas uma das portas, ficou balançando como uma bandeira, foi ela quem nos avisou que tínhamos nos esquecido de algo.

Nada disso atrapalharia nosso final de semana. Fomos andar a cavalo pela estrada. Nossa que delícia, trotando e galopando pela estrada a fora, até que,... o meu cavalo deu um pinote e arrebentou a rédea. Lá estava eu, colada ao solo e o cavalo sumido!

Machuquei o braço. Simples, era só comprar faixa para imobilizar. Pegamos o carro e rodamos, rodamos, rodamos e nenhuma farmácia. Perguntamos a um morador que nos indicou que na próxima quadra encontraríamos a farmácia. Anda mais um pouco, mais um pouco, pergunta daqui, pergunta dali e não achávamos a farmácia. A indicação de todos era sempre a mesma. Naquela quadra encontraríamos uma farmácia. Por sorte encontramos um senhor sentado na calçada, mascando um pedacinho de mato que nos disse: - Sim, aqui é a farmácia!

Farmácia? Eu só conseguia ver uma casa simples de madeira, com uma senhora deitada no sofá assistindo televisão. Era uma residência. Mesmo assim entramos. Na sala havia um móvel muito antigo, um prospecto de cristaleira, em cima eram guardados os pratos e copos da família e nas portas de baixo era a farmácia!!!!

Eles tinham remédios, faixa, curativos, injeções e demais materiais. O senhor me perguntou se eu queria tomar uma injeção de anti-inflamatório, eu resolvi ficar só com a faixa mesmo....rs

Braço enfaixado, menos dolorido, fomos tomar banho de cachoeira. O motorista, sendo o único homem, ficaria responsável por não deixar mais ninguém entrar ali. Ficamos todas "a vontade" nadando no rio, tomando banho de cachoeira e assim passamos o dia. O rio parecia ter saído de um filme, água límpida, não muito cheio de pedras e algumas partes fechado em cima por lindas flores como se ali fosse um túnel. Um pouco mais perto da cachoeira tinham belas árvores. nadamos, mergulhamos e boiamos, ou melhor tentamos boiar. Quando olho para cima 2 homens estavam em cima da árvore nos fotografando. Minha prima esqueceu de seus trajes e saiu correndo, subiu em árvore para "sequestrar" a máquina. Só dava mulher correndo tentando pegar os dois. E o motorista? Dormindo em baixo de uma árvore!

Domingo, duas amigas voltaram como motorista para Curitiba e nós 5 decidimos ir à Caiobá.

Naquela época existia um barzinho a beira mar delicioso. Lá estávamos nós 5 amigas passando de carro na Avenida Atlântica, carro "quase" novo, som alto, coisas de adolescente.

Íamos e voltávamos, passávamos várias vezes em frente ao barzinho badalado. Bem em frente a esse bar existia uma lombada! Uma simples lombada! Uma vergonhosa lombada! Lá, nessa lombada querida, ficou nosso escapamento e nosso para-choque.

E a vergonha! Quem iria buscar? Ninguém!!!!!

Horas depois estávamos em Curitiba, cansadas de tanto rir e como carro aos pedaços!!!

Viva Guaraqueçaba, da próxima vez, vamos de charrete! E as fotos? Até hoje não vi!

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