quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Netuno das piscinas





Resumo da experiência: Sua cor, seu toque, seu aroma, me fascina. Te amo piscina!


Meu blog tem essa cor, por causa da maior paixão que tenho, piscina! Desde que nasci sou fascinada por águas azuis, prefiro piscina a mar. Aprendi a nadar em DV Country Club, foi uma aula bem didática e rápida.

Eu tinha 2 aninhos e meu tio me levou para o segundo, e último, andar do trampolim. Lá estava eu, achando que ia pular com meu tio. Estava com medo, era muito alto e eu não tinha a mínima certeza do que ia acontecer. Meus pais estavam na borda e aguardavam o salto duplo.

Meu tio me levantou  no colo e.....me jogou! Ele não pulou comigo, simplesmente me jogou lá do alto. Durante a queda, meus pais ficaram apavorados, não tinha ninguém tão perto para me tirar da água. Meu tio apenas bradou: - Deixe ela se virar, assim vai aprender a nadar!

Alguns segundo depois, lá estava eu, emergindo. Um tanto assustada, engasgada, agitada, nadei em estilo "cachorrinho" e consegui chegar a borda da piscina. Todos olhando com um misto de pavor e orgulho. Me tiraram da piscina e alguns minutos depois estava eu novamente no colo do meu tio subindo o trampolim. Daquele dia em diante a piscina virou minha paixão.

Pratiquei natação, pólo aquático, saltos ornamentais e passava o maior tempo possível dentro da água.

Sentir seu corpo leve, seus cabelos dançando livremente, a água te abraçando naquela água azul, não tem preço.

Muitos momentos maravilhosos em minha vida ocorreram na piscina ou em sua borda.

Estudei em um colégio dentro de um clube. Minha sala de aula era bem frente a piscina. No inverno, eu ficava triste, pois minha 'amiga" estava vazia. No verão, eu a via cheia, mas não só de água, de gente também. (Esse prédio branco na foto, era a minha pré-escola)

Eu tinha 5 anos na época; uma certa tarde quente, se não me engano meados de setembro, a piscina estava cheia e quase ninguém nadando. Na hora do recreio, não tive dúvidas, me joguei na piscina. Me joguei com roupa e tudo, fiquei boiando, nadando de um lado para o outro, até que a Olga, a diretora, me viu. Como não veria? Dentro daquela imensidão azul, estava eu, nadando de uniforme.

Batalhão de professoras vieram ao meu encontro, nenhuma quis entrar de roupas. Aproveitei a deixa e fiquei bem no meio da piscina, inalcançável. A aula acabou, a piscina tinha hora para fechar e quando olho para a sala da diretora, avisto meu pai! Um homem assíduo na direção dos colégios desde então.

Sai da água e fui encontrar "Netuno". Levei uma bronca e rigorosamente proibida de entrar com uniforme na piscina em horário de aula. Guardei  no íntimo essas palavras.

Alguns dias se passaram. Tarde quente, ensolarada, recreio e lá fui eu para a piscina. Meu pai me proibiu de entrar na água "com uniforme", desde o dia da bronca, antes do uniforme eu vestia o biquíni.

Lá estava eu, de biquíni, dentro da água, encontrando Netuno novamente! As férias chegaram e mudei de colégio. Minha maior decepção foi que no novo colégio não tinha piscina. Isso não foi problema para mim.

Vários dias após a aula, eu ia com algumas colegas do colégio tomar banho de piscina na casa de uma amiga. Sua casa era bem pertinho da escola. Certo dia, fomos a sua casa buscar alguma coisa, não me lembro bem o que era, só sei que era algo necessário para a realização de uma prova final. Acho que era um transferidor, compasso ou algo assim, mas isso não vem ao caso. Seus pais não estavam em casa, tivemos que pular o muro e tentar entrar pela janela. O muro conseguimos pular, mas entrar pela janela, não.

Sentamos na varanda, ao lado da piscina e "CHIBUM" me jogaram na água. Foi um joga daqui, dali e no final todos estavam de uniforme molhados, descabelados e desesperados, pois a prova final começaria em minutos.

Pulamos o muro e voltamos para o colégio. Entramos na sala de aula, sentamos normalmente e ficamos aguardando o professor distribuir a prova. A porta abre e lá apareceu o temido diretor. Pediu que saíssemos, pois molhados não poderíamos fazer a prova.

Perguntei se ele poderia me mostrar em que lugar estava escrito essa regra. Caso essa norma estivesse no manual do aluno dizendo que não poderíamos fazer a prova com o uniforma molhado, todos nós iríamos reprovar e sem maiores discussões. Como eu já esperava, não havia a tal regra.

Fizemos a prova. A aula continuou normalmente enquanto o sol de primavera secava nossos uniformes. Final da aula, quem estava na porta do colégio  me esperando? Netuno!!!!

Netuno me fez lembrar, até chegarmos em casa, da primeira conversa que tivemos no jardim de infância. NUNCA MAIS ENTRAR COM O UNIFORME DO COLÉGIO NA PISCINA!!!!

Agora me pergunto, não seria mais fácil extinguirem o uso de uniforme?

Esses relatos são apenas uma pequena amostra grátis sobre o fascínio por piscinas, por sua cor e pelo seu cheiro.

Resumo da experiência: Sua cor, seu toque, seu aroma, me fascina. Te amo piscina!









2 comentários:

  1. Kkkkk, quando vc me falou que tinha escrito mais um texto sobre meu pai eu não imaginava que seria para contar que ele te jogou do trampolim quando vc tinha apenas 2 aninhos de idade, kkkkkkk. Esse era meu pai!
    Mas vc sabe que com meus filhos foi parecido? Eu cuidava deles da borda da piscina (outra piscina) e eles pulava do trampolim com boias de braço. Até que a boia do Cesinha rasgou e caiu fora. Antes de me jogar para tira-lo da água, pensei um pouco e fiquei olhando. Ele, foi fazendo como um cachorrinho e chegou até a borda. Fiquei quieta... Ele acabou tirando a outra boia e continou pulando. A Lili, que olhava não quis ficar para trás e tirou as boias também. Enfim... eu não precisei fazer nada. Eles aprenderam sozinhos.

    ResponderExcluir
  2. Dizem que traumatiza....kkkk Veja só como somos traumatizados! Tadinha dessas crianças felizes, né!

    ResponderExcluir

Obrigada por suas palavras, continue lendo, comentando e compartilhando!