quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Rádio-relógio assassino


Sempre fui curiosa e gostei de arrumar as coisas. Em minha infância não tínhamos tanto eletrodomésticos como hoje em dia, mas isso não me impedia de "fuçar" em cada um deles.

Eu tinha um rádio-relógio enorme. Gostava muito dele. Um dia meu fiel "acordador" parou de funcionar.

Não tive dúvidas, chave-de-fendas em mãos, abri o coitadinho. Virei e mexi, acabei achando o problema, os fios estavam soltos. Deve ter "caído" no chão, após ter tentado me acordar....rs

Apenas 2 fios? Moleza! O difícil era arrumar televisão, aquilo não era nada para mim!

Descasquei os fios, juntei os dois e passei fita isolante. Parafusei meu queridinho e PRONTO!

Meu irmão estava passando, pedi carinhosamente que ele ligasse o rádio na tomada para mim.


POW!!! Um estrondo e uma labareda. Torrei o meu radinho. Eu não devia ter juntado os dois fios,mas sim, encapado cada um individualmente. Aprendi um pouco tarde, mas aprendi.

Meu irmão? Hummm,ele até hoje não gosta de tomadas. Culpa do rádio-relógio, não acham?


Para os que duvidam que rádios-relógios são assassinos, eis a prova. Comprei em Miami um modelo zen. Além de tocar música e despertar, ele relaxava, pelo menos é o que dizia na caixa.
Três simples botõezinhos de relaxamento, um deles era som de água do mar, o segundo de cachoeira e o terceiro de tempestade.

Eu ganhei de minha vizinha um pintinho amarelinho, lindinho e saudável. Levei o bichinho para casa e é claro que meus pais não gostaram. Coloquei-o e uma caixinha, com paninho, pote de água e fomos dormir, até por que no outro dia eu teria que devolvê-lo.

Pintinho nanando, radio relógio ligado no barulho do mar, fui dormir. Lembro-me que antes de pegar no sono, estava adorando aquele sonzinho, era mais ou menos, CHHHIIIIIII, chuuuuaaaaaa, CHHHHIIIIII, chuuuuuuuuaaaaaaa! Ô relax!

No outro dia acordei com uma gigantesca dor de cabeça e todos os nervos, músculos e células do meus corpo estavam sinalizando um som estranho CHHHIIIIIII, chuuuuaaaaaa, CHHHHIIIIII, chuuuuuuuuaaaaaaa. Parecia tortura chinesa.

Levantei, mesmo sentindo o mundo pesando e fui acordar meu 'hóspede". Ele dormia tão profundamente, pensei que estava dormindo por causa do som "relaxante". Meio-dia, 14h, 15h, 16h....e o bichano dormindo. Que folgado!

Folgado nada, meu amarelinho estava morto!!! "Mortinho da Silva". Ainda me resta a certeza de que o pintinho foi assassinado pelo rádio-relógio.

Resumo da experiência: Um irmão traumatizado, um rádio-relógio torrado, um rádio-relógio no lixo e um pintinho morto. Ponto positivo: Não precisei devolver meu bichinho.

P.S: O meu rádio-relógio que explodiu, era igualzinho ao da foto.


Sempre Tua - Florbela Espanca



Resumo da experiência: Adorei o livro. É difícil parar de ler. Além de romântico, denso, nos mostra muito sobre a história portuguesa. INDICO!




Recentemente ganhei  de uma amigo, (mega, power plus, super, hiper, conhecedor das boas palavras), o Livro Sempre Tua. Correspondências amorosas 1920-1925. Florbela Espanca.

O livro é uma compilação das cartas, escritas entre 1920 e 1925, por Florbela para Antônio Marques Guimarães, seu segundo marido. Até 2008, as cartas de amor foram conservadas inéditas.




"Saiba o leitor que 34 anos após o suicídio de Florbela, o médico Mario Lage faculta, aos desconsolados simpatizantes dela, que retirassem de seus restos mortais, as "lembrancinhas" que julgassem convenientes....numa (digamos) compadecida divisão comunitária de Florbela, numa espécie de comunhão do Mito: num civilizado (e imperdoável) ritual moderno de consentido canibalismo."



Florbela era uma mulher de muitas faces. Ela era estrategista, destemida, somatizadora, burguesa, espirituosa e apaixonada. Considerada a maior poetiza portuguesa, amou, sofreu, chorou e adoravelmente, escreveu.


Suas cartas revelam o quanto ela viveu intensamente o amor. Algumas de suas cartas têm apelo sexual, diria até, sensual. Nada muito explícito, mas sim, um código entre o casal.

Senti Florbela um tanto angustiada, com muita vida e impossibilitada de vivê-la em sua plenitude, por ser uma mulher, em uma época totalmente machista e segregadora. Dessa forma, ela, mesmo muito moderna, se podava de determinadas atitudes, a meu ver, um dos motivos que a levou ao suicídio.

Embora seja um tema um tanto pesado, o livro é doce, encantador e cheio de desventuras.

Minha maior vontade após ler esta epistolografia, é ler as cartas de Antônio. Cartas que devem ter-se perdido com o tempo.

Li o livro na Ilha do Mel, no começo do ano. Essa semana reli com o intuito de tentar descobrir quais eram as palavras de Antônio para Florbela.

Para quem gosta de um livro denso, gostoso de ler, com passagens implícitas e muita densidade. Indico! Leiam e releiam, vale a pena!

Resumo da experiência: Adorei o livro. É difícil parar de ler. Além de romântico, denso, nos mostra muito sobre a história portuguesa. INDICO!

Human Bodies - Maravilhas do Corpo Humano


Resumo da experiência: Amei a exposição. É uma atração para todas as idades e níveis de conhecimento. A produção ótima, iluminação perfeita e sem tempo cronometrado para assistir. Você entra e fica a vontade com seus pensamentos.  Para quem tem gosto aguçado pelo conhecimento,vale muito a pena ir. Indico! E se quiserem, me convidem, que volto com certeza!



Quando fiquei sabendo da exposição, Human Bodies - Maravilhas do Corpo Humano, tive muita vontade de conhecer.

Ganhei um ingresso de meu grande amigo Tom Abrão. Produtor de grandes eventos, competente além de um doce de pessoa (sem querer bajular, pois quem o conhece, sabe muito bem do que estou falando).Combinei com minhas filhas, pai, irmão e uma amiga de irmos juntos.

Antigamente eu era amante da morbidez, tanto que cheguei a trabalhar no necrotério do  IML, como voluntária.  Lembrei hoje, durante a exposição, meu primeiro dia de trabalho no Instituto Médico Legal.

Para entrar no necrotério existiam 2 entradas, uma para atendimento ao público e outra para os funcionários. Era um enorme corredor. A secretária me disse para descer as escadas e entrar na segunda porta, lá eu pegaria um jaleco, luvas e todo o  material necessário para começar a minha saga. Ela só esqueceu de falar se era a porta da esquerda ou a direita, escolhi a da esquerda.

Quando entrei na sala, estava tudo apagado eu só consegui ver algumas imensas bandejas de inox. Era horário do almoço a não havia mais ninguém no local. Procurei a tomada de luz com os olhos, mas não conseguia ver naquela escuridão. Fui apalpando, apalpando e senti algo um tanto curvilíneo para uma bancada ou parede. Lá estava ela: Minha amiga "senhora cadáver". Era uma senhora de aproximadamente 80 anos, negra, cabelos grisalhos e um tanto obesa. Lembro até hoje da sua fisionomia, como se me olhasse, perguntando: - O que está fazendo aqui?

Achei a chave de luz e vi que ao lado da minha "amiga", descansando eternamente, estavam mais 4 pessoas. Mesmo lembrando dos demais, a primeira "defunta" a gente nunca esquece.

Voltando a exposição, hoje foi o grande dia. Lá existem corpos inteiros, membros, cérebros, enfim, uma infinidade de novos conhecimentos.


Como fumante, levei um choque ao ver a cor de alguns pulmões, quem sabe, isso seja um empurrãozinho pra que eu deixe o cigarro de lado!

Enquanto admirávamos a exposição, ouvi alguns comentários interessantes, a maioria deles indagados por minhas filhas: - Não quero ser somente um boneco sem vida! - Mãe, se o estômago é desse tamanho, por que comemos tanto? - E eu, reclamando que a minha pele! - Como somos bonitas! - Somos maiores que um computador, o corpo é uma máquina, como sabemos controlar cada um desses órgãos? E por ai os questionamentos e comentários se seguiram.

A exposição é linda, ótima disposição, iluminação excelente, monitores simpáticos oferecendo toda as orientações que pedíamos. Realmente gostei muito.

Quando pensei que a exposição estava findando, me enganei, havia muito mais a ser visto.

Observei atentamente a arte da natureza.  Alguns órgãos são parecidos com brócolis, outros com filés suculentos, outros com cascas de árvores, labirintos, florestas de ramificações nervosas, somos uma obra viva. Os animais me chamaram a atenção, principalmente por eu ser do signo de Áries (quem participou da exposição sabe do que estou falando). Não posso detalhar muito tudo o que vi, acredito que todos devam ir, ver com seus próprios olhos e tirar as suas conclusões. Eu ouvi muita coisa a respeito mas não imaginava ser tão educativo.

Eu adorei, me fez conhecer e principalmente pensar. Dentro de nós existe vida? O que nós estamos fazendo com os nossos corpos? Quem eram aquelas pessoas? Que estilo de vida elas levavam? Ricas ou pobres? Nós somos "aquilo" por dentro?

Uma das coisas que mais me chamou a atenção, foi que não havia um sinal de diferença social.  Para sermos perfeitos, falta uma pitada de alma e atitude.






Nos achamos melhores ou piores que os demais, mas no final, acabamos da mesma forma. Conhecer a exposição, vai além de vermos corpos humanos, ela nós dá vontade de aumentar nosso auto-conhecimento e principalmente nos faz perceber que todos somos iguais perante Deus. (independente do credo)








Resumo da experiência: Amei a exposição. É uma atração para todas as idades e níveis de conhecimento. A produção ótima, iluminação perfeita e sem tempo cronometrado para assistir. Você entra e fica a vontade com seus pensamentos.  Para quem tem gosto aguçado pelo conhecimento,vale muito a pena ir. Indico! E se quiserem, me convidem, que volto com certeza!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Curitiba, uma cidade sem portas...






Resumo da experiência: Amo São Paulo, tenho ótimas lembranças de Mogi, mas a mínima falta de passar por lá. A faculdade para mim, na época, era apenas uma desculpa para conhecer novos lugares. No primeiro momento, não hesitei em largar tudo e voltar à minha terra. Aprendi que não me gosto magra. Aprendi o poder do passional. Aprendi a cozinhar. Aprendi, principalmente, que a melhor coisa da vida é estar ao lado dos nossos. Curitiba! Cá estou eu!!! Família e amigos, voltei!!!



Morei em São Paulo, onde fiz faculdade de Publicidade e Propaganda.

Como fui parar lá? Uma amiga de escola me disse que estava indo à Mogi das Cruzes fazer vestibular. Em sempre amei São Paulo, mas não tinha a mínima ideia de como seria viver em Mogi. Curiosa como sempre, decidi ir.

Conversei com meus pais e pronto! Dois dias depois, eu já estava na estrada!

Não tínhamos onde ficar. Achamos uma república recém inaugurada, mas só restava uma vaga. Como minha amiga tinha uma colega em outra república, eu fiquei com essa vaga.

Fiz o vestibular e passei! Lembro que liguei do orelhão para contar a novidade. Meu pai disse (com um ar de decepção): Puxa! Parabéns! Agora terá que morar ai! Era um misto de alegria e profunda tristeza, afinal sua menininha estava ganhando asas. Eu tinha "apenas" 17 anos.

Cheguei em Curitiba, arrumei a bagagem e voltei para Mogi.

A república que minha amiga morava, tinha uma "gerente" e 12 estudantes, todas mulheres. Era uma bagunça, móveis cheirando a mofo, além disso, não existia privacidade. Um quarto para 4 mulheres.O telefone de disco tinha um cadeado, era proibidíssimo o uso por qualquer uma das moradoras.

A minha república era recém mobiliada, um quarto para cada uma, telefone liberado (dividíamos a conta), móveis novos, alguns ainda com etiquetas e plásticos, uma graça de lugar. O único problema era a localização, vinte e três quadras da faculdade e uma sofrida subida para chegar em casa.

Os habitantes do "planeta' República Mogiana eram: a "proprietária" que não estudava, só administrava, uma aluna de medicina, uma de direito e eu.




O clima era ótimo, finais de semana jogávamos baralho, íamos a festas, fazíamos churrasco, era muito gostoso.
Nunca tive muito o dom para cozinhar (hoje em dia já estou bem melhor), no começo eu comprava um pote de 2 litros de sorvete da Kibon, esse era meu almoço e jantar. Dependendo do dia, saia da minha dieta forçada e comia um "sanduba".




A proprietária da casa me ensinou a fazer arroz, bife, salada, enfim, coisas triviais, até aquele momento por mim, desconhecidas. (pelo menos no preparo)

Eu era a preferida. Chegava em casa, minha roupa lavada e passada, almoço pronto, quarto arrumado. Serviços que deveriam ser executados por cada moradora.

Oito meses se passaram e eu na mordomia. A única coisa que eu fazia era estudar, afazeres domésticos, eu não precisava.

Certo feriado, só eu e a proprietária ficamos em Mogi, as demais viajaram. Fomos assistir um filme e a "fulana" me perguntou se eu estava gostando de morar lá. É claro que eu gostava. Não entendi muito bem a pergunta, até o momento em que ela revelou estar apaixonada por mim!

Não sou homofóbica e concordo com uma grande amiga que me disse um dia: Não importa o sexo, o importante é amar! Penso que além disso, exista algo chamado "preferência"! E no meu caso, não era ela.

Eu lembro que estava sem graça, agradeci as palavras, esclareci minha posição e sai pela tangente.  

No outro dia tudo mudou. Cheguei da faculdade, nada de almoço, quarto desarrumado e roupa por lavar. Uma semana se passou, a aluna de medicina trancou a faculdade, a de direito alugou um flat e eu, ainda lá.

Dias depois cheguei da faculdade e minha chave não entrava na fechadura da porta. Fiquei chocada quando percebi que, em frente a varanda, tinha uma ENORME placa de aluga-se!!!                                              

A "dona" no estabelecimento, devolveu a casa á imobiliária, mudou-se para a casa de seus pais em São Paulo e levou TODAS as minhas coisas, tudo isso em tempo record.

Naquele mesmo dia tive que arrumar lugar para ficar e inclusive roupas para vestir. Adivinhe onde fui parar? Na pensão que minha amiga estava!!!

A geladeira era "Felliniana". Imagine, em que se transforma, uma única geladeira para 11 pessoas. Potinhos com etiquetas para todos os lados. Onze potes de margarina, onze caixas de ovos, onze garrafas de água e tudo socado de forma que coubesse sempre mais alguma coisa. Nas prateleiras da minúscula cozinha, onze frascos de azeite, onze pacotes de açúcar, onze pacotes de "Miojo", no mínimo. Eu voltei ao meu pote de sorvete. O congelador era muito menos concorrido!


Quatro e meia da manhã começava a correria pelo chuveiro. Onze mulheres querendo banhar-se antes da aula (só existia um banheiro na casa). Secador de cabelo zumbindo, cafeteira ocupada, discussões sobre quem abriu a "minha" margarina, e por ai em diante. Onze mulheres tagarelando em plena madrugada. Acredito que naquela ambiente seria impossível a formação de bons alunos e profissionais e sim a fabricação de loucos!

Emagreci 11 quilos em 1 mês. Parecia um zumbi. Olhos fundos, desmotivada, tendo que lavar roupas (coisas que não faço direito até hoje...rs) e ainda ouvir brigas por causa de comida! 

Novembro do mesmo ano, estava eu de volta a minha terra natal. Curitiba!


"Curitiba, você meu chamego, meu coração meu sossego, meu jeito de ser...Uma cidade sem portas pra guardar meu coração". (Paulinho Vítola)


Resumo da experiência: Amo São Paulo, tenho ótimas lembranças de Mogi, mas a mínima falta de passar por lá. A faculdade para mim, na época, era apenas uma desculpa para conhecer novos lugares. No primeiro momento, não hesitei em largar tudo e voltar à minha terra. Aprendi que não me gosto magra. Aprendi o poder do passional. Aprendi a cozinhar. Aprendi, principalmente, que a melhor coisa da vida é estar ao lado dos nossos. Curitiba! Cá estou eu!!! Família e amigos, voltei!!!





Copa do mundo e o brinco de foca




Sempre gostei de acessórios um tanto extravagantes. Essa moda de maxi colar, eu devo ter inventado na minha infância.

Ou você usa uma coisa que aparece, ou não precisa usar. Essa era a minha visão.

Hoje aprendi que pode-se mesclar tamanhos e acessórios, mas na infância, acho que eu não era tão boa nisso.




Fui ao Shopping Mueller (o melhor da época - 1986). Lá tinha a loja Fiorucci. Quando olhei na vitrine, lá estava ele, meu lindo e enorme, brinco de foca.






Lembram daqueles chaveiros de pés-de-pato de borracha? Eu transformava os chaveiros em brincos, além de usar, eu vendia como água.




Um brinco de foca, enorme, verde e que ainda com olhinhos que giravam, só poderia ser meu. No outro dia, lá estava eu com dinheiro para comprá-lo. Durante uns 3 meses ele não saiu de minhas orelhas.

Copa do mundo de 1986. Eu estava em casa assistindo a um dos jogos do Brasil. Eu tinha televisão no meu quarto. Uma tv linda, verde, de alças removíveis e ainda em preto e branco. A televisão não funcionava muito bem. A antena estava quebrada, é lógico, ela era minha oficina de "artes".
Bombril na antena daqui, arrumava dali., movia pra lá e eu, minha amiga Carmen e meu irmão conseguimos "meio" que assistir o jogo até o final.

O Brasil ganhou! Eu e a Carmen fomos ao clube para comemorar com nossa turma. Já estava escuro, dançamos e sambamos na cancha de areia até a festa acabar. Perto da meia-noite fomos embora.

Chegando em casa, percebi que um dos brincos se fora.

Convenci meus pais a me deixarem voltar ao clube procurá-lo. Acho que deixaram pois tinham certeza de que nunca o encontraria, ainda mais no escuro.

Preocupadíssima com minha perda, transformei meus olhos em olhos de águia e partimos para o clube novamente. Procuramos na rua, em cada paralelepípedo e nada. Refizemos nossos passos e nada. Nem lanternas levamos.

Passamos pela cancha e nada. Sentei na arquibancada e fiquei pensando em como recuperar meu amado brinco perdido. Não me conformava, era triste demais. nunca encontraria outro igual.

Parece que alguém lá em cima gosta de mim.

No meio de toda aquela areia, pisoteada pelos sócios que comemoravam a vitória daquele jogo da Copa, estava lá um pequeno pedacinho verde, pedindo socorro.

SIM!!!!!!!!!!!!!!!! Era meu brinco!!!!

Instantes depois estava eu feliz com o jogo do Brasil e mais feliz ainda com meu brinco de foca!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

P.S: Para você terem uma ideia de tamanha excentricidade, tentei postar uma foto do brinco e nem na internet achei. Raridade!

Café da manhã grátis

Resultado da experiência: Café Lourenzo delicioso. Alfajor ruim. Mesmo sendo de graça, os 11 alfajores que sobraram, não serão comidos por mim. E hoje, vou tomar um porre de café!


Domingo ganhei uma caixa com 12 "alfajores de chocolate y merengue con dulce de leche".

Alfajores argentinos da marca Sucesso.

Como eu estava esperando chegar o meu café Lourenzo, de Minas Gerais, resolvi esperar e degustar o meu alfajor no café da manhã.

O Café veio embalado, ainda sem rótulo, pois trata-se de um café novo e sem identidade visual ainda. Um café gourmet que será torrado e moído na hora para seus compradores.

Achei a ideia genial. Será um "delivery" de café. Quem quiser, deverá entrar em contato com a empresa e ela levará todo o maquinário para preparar o café na hora, e o melhor, na sua casa.
(a previsão é que iniciem as vendas em Curitiba ainda no começo desse ano)

O Café Lourenço chegou ontem.

Hoje pela manhã, preparei meu café e separei meu alfajor.

O Café, ainda na embalagem, tem um aroma bem marcante. Aliás, mesmo dentro de 3 embalagens, minha cozinha ficou perfumada. (Acho que isso me fez madrugar...rs)

Experimentei o café e posso dizer que achei delicioso. Eu particularmente não gosto de café sem açúcar, mas quis experimentar para sentir seu gosto. ADOREI! Ele não tem aquele gosto amargo de café puro. (Se souberem dicas de como posso preparar maneiras diferentes de café, me enviem, vou agradecer)

Não sou expert em degustação de café. Fiquei com vontade de fazer um curso (de graça é claro).
Achei uma delícia! Ele é denso, cremoso e delicioso.

Café Lourenzo: Provado e Aprovado.

Foto: www.sucesso.com.ar


O alfajor vem com embalagem individual. São 6 douradas (cobertura de chocolate) e 6 prateadas (cobertura de açúcar de confeiteiro). Preferi a de chocolate.

Quando mordi, foi pedaço de chocolate da cobertura para todos os lados. A cobertura ficou muito dura, então quando mordi o alfajor, a cobertura rachou e caiu uns 30% no chão. O recheio é gostoso e bem macio. O gosto não é dos melhores. Parece um bolinho simples e com muita essência. Aliás, o que mais senti do gosto é a a essência artificial. Não gostei.

Além de não gostar do alfajor, ainda tive que varrer a sala.....rs

Para quem esperou tantos dias para abrir, posso falar que foi uma decepção.

Alfajor Sucesso: Embalagem bonita, mas nada de especial. Cobertura muito dura. Gosto ruim. Não indico.

Resultado da experiência: Café Lourenzo delicioso. Alfajor ruim. Mesmo sendo de graça, os 11 alfajores que sobraram, não serão comidos por mim. E hoje, vou tomar um porre de café!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Não esqueça minha Caloi




Não esqueça minha Caloi! Essa era uma das frases mais falada em época de natal. Para mim, era um mantra.

O natal chegou e lá estava meu presente. Uma embalagem linda. Papel brilhante que refletia meu sorriso.

Abri o pacote! Lá estava minha Caloi. Não era uma bicicleta simples,ela era dobrável. Verde, linda, novinha e toda minha!!!!

Tinha o costume de passar o dia inteiro na piscina do clube. Naquele momento percebi que minha rotina iria mudar. Agora eu só andaria de bicicleta.

O dia amanheceu e lá fui eu pedalando rumo ao clube. Passei o dia inteiro andando pra cá, pra lá, subindo lombada, descendo lombada e tentando empinar.

Fiz de tudo com minha nova paixão.

Ao lado da piscina existia uma rampa e no final da rampa 2 degraus de escada.

Para quem empinava bicicleta, os degraus não representavam problemas. Lá fui eu! Andei de ponta a ponta da rampa, mas não chegava perto da escada. Passei muito tempo andando sobre a rampa.

Como uma sereia na beira da piscina, a escada me chamou. Ah! Lá vou eu!

Primeira vez. Sucesso! Segunda vez, sucesso! E por ai se sucedeu minha tarde.

Minha  mãe chegou ao clube no final do dia e eu já era craque na bike!

- Mãe! Quer ver eu pular a rampa?

Não sei o que aconteceu. Subi muito, como no filme do ET, pelo menos para mim. Enquanto voava, percebi que ia me "estabacar". Não tive dúvidas, ainda no ar, soltei a bicicleta e pulei para o lado.

Esqueci somente de um detalhe, proteger a cabeça! E BUMMMMM, lá estava eu, no chão. Bati direto com o queixo no asfalto. Levantei como se nada tivesse acontecido e pedalei até meu cantinho na hípica do clube. Lá chorei e ri ao mesmo tempo.



Caro leitores, o que eu ganhei com essa experiência? Um lindo cavanheque e 15 dias de molho!!!

Pneu de trator e Facebook

Fico triste ao ver as crianças passando o dia inteiro em frente ao computador.
Ora, ora, desculpem-me, fico triste ao ver as crianças o dia inteiro alternando entre computador, celular e joguinhos de "play".

Penso que, se essa geração já está assim, imaginem a próxima! O que irá acontecer com essas crianças? Não terão memória, história e muito menos vida, além da virtual!

Lembro-me de uma passagem engraçada. Eu era criança, um tanto aventureira e sempre disposta a conhecer tudo e todos. Medo, é claro que eu tinha, mas não o suficiente para me impedir de viver.

Meu tio morava em uma rua paralela a Avenida Nossa Senhora da Luz, no Jardim Social.

Em frente ao portão de sua casa, existia uma rua que ligava as 2 quadras.

As crianças subiam até o ponto mais alto daquela rua e esperavam a sua máquina do tempo. Lá estávamos nós, em fila indiana, esperando nossa vez para entrar no pneu. Isso mesmo, um enorme pneu de trator.

Descia uma criança por vez.

Uma das partes mais difíceis da brincadeira, era entrar no pneu sem que ele despencasse rua abaixo e sem criança dentro.

Posicionada dentro do pneu, era só aguardar o tio gritar: PODE VIR, NÃO ESTÁ VINDO CARRO!

Os primos ajudavam e lá íamos nós, rua abaixo, cabeça rolando, joelho ralando e literalmente voando.

Bem ali, na calçada, escondidinho, estava nosso ídolo, o meio fio. Nele o pneu quicava forte e saltava alto, dando piruetas no ar, antes de cair de forma nada suave no chão novamente. Após essa queda o pneu voltava a rolar pelo enorme declive, rumo ao jardim gramado. Ali sim podíamos desembarcar de nossa nave e levar o pneu (empurrando) para o próximo da fila.

Assim seguíamos o dia, um curativo aqui, outro curativo ali, e nada tirava a alegria de estarmos juntos.

Isso é infância. Isso é viver! São momentos como esses que constroem nossa memória, nossa doce recordação e nossa história!

Crianças, desliguem  o computador, deixem a vida entrar e aproveitem. Posso garantir que as marcas no joelho são muito mais saborosas que os e-mails enviados. Não curtam só as páginas do Facebook, CURTAM A VIDA!!!! Fica a dica!



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Liga dos autores free e seus 20 e cinco versinhos de amor







Resumo da experiência:  Dia cultural delicioso, com pessoas interessantes, livros de graça, fotos divertidas, proteção de anjos e DE GRAÇA!!!


Por intermédio de uma aluna, tive o prazer de conhecer alguns integrantes da Liga dos Autores Free

A ideia é inovadora e interessante.
Todos que desejam escrever, e quem sabe, perpetuar suas palavras, devem enviar um texto à Liga. Esse texto entrará em votação, para sua publicação ou não. Caso seja publicado (na coluna, Se Liga na Liga, todos os domingos), dependendo da repercussão e interesse dos leitores, é possível que o seu livro seja editado.


O mais interessante é a forma. O livro é gratuito para todos. São formatos variados e entregue a todos que desejarem ler e ter. Não existe cobrança em dinheiro ou de qualquer outra forma. Inclusive ganhei um dos livros e nem cadastro preenchi...rs

(Estou aguardando o próximo chegar pelo correio, depois conto minha opinião.)




O Lançamento do livro “20 e cinco versinhos de amor”  foi uma surpresa. Tanto pela decoração do evento,  simplicidade, criatividade, e principalmente, pelas pessoas que lá se encontravam.








Parque São Lourenço. Sábado ensolarado. Avisto de longe algumas pessoas reunidas e um varal. Isso mesmo, um varal! Vários textos pendurados, lembrando muito os cordéis. Ao lado um tapete enorme e convidativo. Várias pessoas batendo papo, tirando fotos, lendo, e ao meu lado um anjo. Ou melhor uma anja! Uma não, 3!!! (Fernanda Bertolin,  Ales de Lara e Samanta Lobato)





Quem chegava, ganhava seu exemplar, ganhava um boa conversa e ganhava o dia. O lugar estava lindo, cultura no ar, céu azul, sol radiante e um delicioso tapete na grama.

O livro 20 e cinco versinhos de amor, escrito por Fernanda Bertolin e 25 transliterações em forma de ilustração de Ales de Lara.  De leitura fácil e agradável, além de falar sobre um amor atual, leve e nos mostra as borboletas no estômago.

Fiquei encantada.

Quero parabenizar a Fernanda,  Ales, Rafão Miranda, Samanta, Jeferson Bandeira e todos que de uma forma ou outra contribuíram com esse lindo trabalho. Parabéns a Liga dos Autores Free pela iniciativa.


Cultura e leitura não dependem de  lugar, hora, espaço, previsão do tempo e sim, vontade!










Resumo da Experiência:  Dia cultural delicioso, com pessoas interessantes, livros, fotos divertidas, proteção de anjos e DE GRAÇA!!!