Aos 13 anos de idade fui ela primeira vez com uma amiga para Três Lagoas no MS. Fomos as duas sozinhas, fizemos três baldeações e chegamos lá. Aventura para duas adolescentes.
O pai da minha amiga tinha uma F-1000 e nós nem sabíamos dirigir. Combinamos então, que não voltaríamos à Curitiba sem aprender.

Estávamos com medo no começo, o pai da minha amiga me falou uma coisa que fez com que meu medo fosse embora na hora. - Ariadne, tem muita gente que não sabe ler nem escrever e sabe dirigir, será que é tão difícil? Pensando melhor, aceitei o desafio.
No começo aprendemos em pequenas ruas de terra, minha marcha preferia era a primeira. Sempre ouvia a mesma coisa: Nossa como você gosta dessa marcha hein, as demais vão ficar com ciúmes. Ai sim eu lembrava que existiam as demais.

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Certo dia fomos para a fazenda e o pai da minha amiga nos fez aprender a dirigir trator. Hummm, bem mais complicado. Não batemos nenhuma vez, mas as cercas da fazenda foram derrubadas. Quando aprendemos a usar os freios, as cercas começaram a ser desviadas.

Passei 2 meses de férias na fazenda. Achei que eu já estava preparada para dirigir na cidade. Fui intimada a ir dirigindo até a fazenda de um amigo da família. Peguei no volante da F-1000 e fui. Eu e minha amiga rimos muito até hoje ao lembrar do pai dela me falando que eu estava entrando no mato com a camionete, eu estava saindo da estrada e eu sempre respondia que era para ele ficar tranquilo, eu só estava fazendo o "meu" caminho. Eu estava apenas abrindo novas estradas.
Os dois meses se passaram e eu voltei à Curitiba dirigindo. Fui à Três Lagoas mais quatro vezes e morro de saudade. As histórias passadas por lá dariam um ótimo livro.
Resumo da experiência: Hoje me considero uma ótima motorista, prefiro camionetes a carro, relaxo na estrada com o vento entrando pelas janelas e sei até dirigir trator! A coisa mais difícil que tive que aprender foi diminuir a velocidade, mas confesso que com a quantidade de radares na minha amada Curitiba, aprendi mais rápido do que imaginei.
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