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quinta-feira, 14 de março de 2013

Doações de obras-de-arte








Lili Zippin
Sou uma apaixonada por artes, principalmente por quadros. Quando tenho algo que eu realmente goste, tento voltar no tempo e descobrir onde começou esta paixão.

Sou de uma família de artistas plásticos, fotógrafos e escritores. Lembro-me que minha avó, nos aniversários, sempre presenteava com quadro, uma tapeçaria ou porcelanas lindíssimas pintadas por ela.


Quando eu era criança, lembro de ficar observando as tinas de água com bacias, todas pintadas com flores. Elas ficavam em prateleiras bem no alto da sala. As paredes da casa de meus avós eram quase impossíveis de serem vistas, pois os quadros ocupavam cada centímetro.
Calderari, Diana Zippin, Lili Zippin, Lia Costa





Minha mãe tem este "estilo" de decoração. Se dá pra ver a parede, então cabe mais um quadro...rs

Tem quadro no jardim, na garagem, na churrasqueira, nos banheiros, na lareira até sobre o espelho, ah, sem contar o encosto do sofá!
Espelho grátis
(Foto: Ron Bean)

Eu descobri recentemente a Molduras Santa Cândida, além dos preços excelentes, eles tem
diversidade de modelos, atendimento ótimo e entrega rápida. Já na primeira vez que fui trocar umas molduras, ganhei um espelho combinando com uma delas. Imagine se eu não ia gostar.

Diana Zippin
No final de semana resolvi trocar os quadros de lugar e acrescentar uns novos. Resumo da ópera 62 quadros depois (só na sala) percebi que ainda tem espaço para vários, pois eu estou conseguindo ver a parede!

Lélia Brown, Rogério Dias e outros
Ontem peguei alguns quadros na casa da minha mãe para colocar ou trocar a moldura e adivinhe, já peguei mais uns pra mim.
Maria Cristina Zilli

Chego a conclusão de que esta paixão é genética! Ainda bem que nasci nesta família. 

AH! Fica a dica! Estou aceitando doações!!!







Molduras Santa Cândida (41) 30266026




terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Teatro - Poesia grátis


Teatro


Almas soltas
Pensamento esvoaçante
Rosto de outro
Alma de artista

Começo escondido
Saio da coxia
Faço no palco
O sonho do dia

Olhos que choram
                                                                                    Ouvidos atentos
                                                                                    Penso no dia
                                                                                    Em que todo mundo sorria
                                                                                                     
                                                                                    Ariadne Zippin

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Bolo colorido - Receita grátis








Hoje vou postar uma receita de um bolo colorido.

Não sou muito boa na cozinha, mas com duas ajudantes, o bolo ficou lindo e gostoso.

A massa foi feita com bolo de laranja de pacotinho. Você pode escolher qualquer massa, desde que ela seja clara. Não faça massa de chocolate pois não terá o mesmo efeito.

Depois da massa pronta, separe em 6 potinhos. Não tem medida exata, separe da forma que preferir. Se quiser que o bolo tenha mais de uma cor do que de outra, é só aumentar a quantidade de massa para determinada cor.

Use corante comestível. Eu comprei as três cores primárias (amarelo, vermelho e azul) e depois misturei e fiz mais três cores secundárias. (roxo, verde e laranja) Você pode criar uma infinidade de cores.

Em uma forma untada, de preferência redonda e sem furo, vá despejando a massa bem no centro, cor por cor. A massa que tiver menos cor, você deve deixar para o final. Comece sempre pela cor que possui mais massa.

Quando você colocar a primeira camada, ela não vai preencher toda a forma. Não se preocupe, é assim mesmo. A medida que você for colocando as demais, elas vão preenchendo o resto.

O importante é sempre colocar a massa no centro da forma.

Asse normalmente e desenforme.

Quando tiver frio coloque a cobertura.

Eu fiz a cobertura de glacê. Bati 3 claras, fervi uma xícara de açúcar com uma de água e deixei ficar em ponto de fio. Quando o açúcar esfriou, bati com as claras em neve.

Você pode fazer cobertura de ganache, pasta americana ou de outra forma, desde que cubra totalmente o bolo.

Decore com confetes de chocolate, balas de goma, flores verdadeiras ou desenhe com o próprio corante. (use palito de dente para desenhar)

A cobertura é importante pois o fator surpresa é o detalhe. (Vide foto)

Ninguém espera cortar o bolo e encontrar um arco-íris.

O importante é ousar. São ingredientes baratos que unidos a criatividade, pode se transformar em uma linda sobremesa.

Se usar peruca black power o bolo vai ficar ainda mais gostoso...rs

Bon Appetit!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Netuno das piscinas





Resumo da experiência: Sua cor, seu toque, seu aroma, me fascina. Te amo piscina!


Meu blog tem essa cor, por causa da maior paixão que tenho, piscina! Desde que nasci sou fascinada por águas azuis, prefiro piscina a mar. Aprendi a nadar em DV Country Club, foi uma aula bem didática e rápida.

Eu tinha 2 aninhos e meu tio me levou para o segundo, e último, andar do trampolim. Lá estava eu, achando que ia pular com meu tio. Estava com medo, era muito alto e eu não tinha a mínima certeza do que ia acontecer. Meus pais estavam na borda e aguardavam o salto duplo.

Meu tio me levantou  no colo e.....me jogou! Ele não pulou comigo, simplesmente me jogou lá do alto. Durante a queda, meus pais ficaram apavorados, não tinha ninguém tão perto para me tirar da água. Meu tio apenas bradou: - Deixe ela se virar, assim vai aprender a nadar!

Alguns segundo depois, lá estava eu, emergindo. Um tanto assustada, engasgada, agitada, nadei em estilo "cachorrinho" e consegui chegar a borda da piscina. Todos olhando com um misto de pavor e orgulho. Me tiraram da piscina e alguns minutos depois estava eu novamente no colo do meu tio subindo o trampolim. Daquele dia em diante a piscina virou minha paixão.

Pratiquei natação, pólo aquático, saltos ornamentais e passava o maior tempo possível dentro da água.

Sentir seu corpo leve, seus cabelos dançando livremente, a água te abraçando naquela água azul, não tem preço.

Muitos momentos maravilhosos em minha vida ocorreram na piscina ou em sua borda.

Estudei em um colégio dentro de um clube. Minha sala de aula era bem frente a piscina. No inverno, eu ficava triste, pois minha 'amiga" estava vazia. No verão, eu a via cheia, mas não só de água, de gente também. (Esse prédio branco na foto, era a minha pré-escola)

Eu tinha 5 anos na época; uma certa tarde quente, se não me engano meados de setembro, a piscina estava cheia e quase ninguém nadando. Na hora do recreio, não tive dúvidas, me joguei na piscina. Me joguei com roupa e tudo, fiquei boiando, nadando de um lado para o outro, até que a Olga, a diretora, me viu. Como não veria? Dentro daquela imensidão azul, estava eu, nadando de uniforme.

Batalhão de professoras vieram ao meu encontro, nenhuma quis entrar de roupas. Aproveitei a deixa e fiquei bem no meio da piscina, inalcançável. A aula acabou, a piscina tinha hora para fechar e quando olho para a sala da diretora, avisto meu pai! Um homem assíduo na direção dos colégios desde então.

Sai da água e fui encontrar "Netuno". Levei uma bronca e rigorosamente proibida de entrar com uniforme na piscina em horário de aula. Guardei  no íntimo essas palavras.

Alguns dias se passaram. Tarde quente, ensolarada, recreio e lá fui eu para a piscina. Meu pai me proibiu de entrar na água "com uniforme", desde o dia da bronca, antes do uniforme eu vestia o biquíni.

Lá estava eu, de biquíni, dentro da água, encontrando Netuno novamente! As férias chegaram e mudei de colégio. Minha maior decepção foi que no novo colégio não tinha piscina. Isso não foi problema para mim.

Vários dias após a aula, eu ia com algumas colegas do colégio tomar banho de piscina na casa de uma amiga. Sua casa era bem pertinho da escola. Certo dia, fomos a sua casa buscar alguma coisa, não me lembro bem o que era, só sei que era algo necessário para a realização de uma prova final. Acho que era um transferidor, compasso ou algo assim, mas isso não vem ao caso. Seus pais não estavam em casa, tivemos que pular o muro e tentar entrar pela janela. O muro conseguimos pular, mas entrar pela janela, não.

Sentamos na varanda, ao lado da piscina e "CHIBUM" me jogaram na água. Foi um joga daqui, dali e no final todos estavam de uniforme molhados, descabelados e desesperados, pois a prova final começaria em minutos.

Pulamos o muro e voltamos para o colégio. Entramos na sala de aula, sentamos normalmente e ficamos aguardando o professor distribuir a prova. A porta abre e lá apareceu o temido diretor. Pediu que saíssemos, pois molhados não poderíamos fazer a prova.

Perguntei se ele poderia me mostrar em que lugar estava escrito essa regra. Caso essa norma estivesse no manual do aluno dizendo que não poderíamos fazer a prova com o uniforma molhado, todos nós iríamos reprovar e sem maiores discussões. Como eu já esperava, não havia a tal regra.

Fizemos a prova. A aula continuou normalmente enquanto o sol de primavera secava nossos uniformes. Final da aula, quem estava na porta do colégio  me esperando? Netuno!!!!

Netuno me fez lembrar, até chegarmos em casa, da primeira conversa que tivemos no jardim de infância. NUNCA MAIS ENTRAR COM O UNIFORME DO COLÉGIO NA PISCINA!!!!

Agora me pergunto, não seria mais fácil extinguirem o uso de uniforme?

Esses relatos são apenas uma pequena amostra grátis sobre o fascínio por piscinas, por sua cor e pelo seu cheiro.

Resumo da experiência: Sua cor, seu toque, seu aroma, me fascina. Te amo piscina!









quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Poesia inédita de Paulo Leminski


Meu avó morava em uma "chácara" na continuação da Avenida Batel. Lembro que a casa, para mim, era um castelo. Aos olhos de uma criança tudo parecia ser enorme. Lembro bem da longa estrada que nos levava a casa, dos seus milhares de pinheiros, da sacada de pedra, da escada frontal, da sala de jantar com um corrimão que chamava qualquer criança a escorregar. Lembro de minha avó bordando em uma janela de vidro que tinha vista para o portão. Milhares de plantas, flores e bichos ao redor. E consigo sentir o aroma dos lençóis sendo "corados" ao sol.

O terreno era muito grande, além da casa, existia um galpão, uma garagem com alguns carros antigos, uma biblioteca feita de vidro bem no meio da mata e um rio. Lembro-me de que seu comesse tudo o que me serviam na hora do almoço, eu poderia ir catar pinhão e andar no rio. Eu sempre comia tudo!

Minha mãe me contou que era nessa biblioteca que meu tio Sérgio e o Paulo Leminski passavam as noites estudando. Estudavam as 7 línguas mortas. Segundo minha avó, o Sérgio e o Paulo só conversavam em latim.

A noite passava e os dois conversando, estudando, escrevendo, só iam dormir quando amanhecia o dia. Nessa hora minha mãe acordava e ia direto para a biblioteca arrumar os livros. O Paulo Leminski a ensinara arrumar todos por ordem alfabética. Todas as manhãs, minha mãe chegava e encontrava uns trocados, pagamento pelo serviço de arrumação dos livros.

Fico imaginando o quão fértil eram aquelas terras, pois nasceram poetas, pintores, fotógrafos, jornalistas, advogados, pessoas de bem e bom coração.

Após comentar a surpresa que tive ao ver a exposição sobre o Paulo Leminski no MON, vieram as histórias de família. Minha prima contou que no casamento de seus pais, meu tio Sérgio recebeu um presente do Paulo com um cartão, segundo ela, com uma frase maravilhosa, ainda não nos revelada. Ela também possui o livro Catatau de autoria do Paulo, assinada com seu polegar. Minha tia revelou que recebeu de presente, assinado e datado em 21/01/1960, uma poesia feita exclusivamente para ela. Com sua autorização, hoje, poderei publicá-la.

A poesia esta guardada até hoje em seu papel original, escrito em letra de forma, com formato infantil, com as seguintes palavras:

DIANA
Paulo Leminski
I
A tarde desmaia
Apolo vai cansado
Às aureas baias
Descanso dar ao iluminado
Carro brilhante do sol
II
A lua já nasce prateada
Banhando os bosques e as colinas
Onde o arroio sussurra escutadas
Palavras de amor das ninfas meninas
Aos faunos rupestres
III
Diana, Deusa caçadora
Já de ninfas cercadas
Afia as setas matadoras
E do arco de freixo armada
Aos campos sai silênciosa
IV
Qual javalí, qual veado
Dos golpes nāo se desconta
Se a Deusa no revaldo
As flechas lhe aponta
E as ninfas a observam
V
De carne providas
As ninfas regressam
E a Diana histórias vividas
De amores lhe contam
Que sorri compassiva
VI
A lua já está alta
E as ninfas a dormir estāo
Quando Diana se dirige
À gruta do gentil Endimiāo
Que repousa num leito de rosas.



Essas histórias vão muito além de serem contos familiares, são histórias e pessoas como essas que me fizeram crescer, aprender, e principalmente gostar de ler.

Viajar pelas páginas do conhecimento, viajar nas nuvens das lembranças, isso nos faz pessoas melhores, histórias e memórias de cada um, são os tijolinhos da construção de cada vida. Aí me pergunto, não está na hora de reunir a família e colocar as lembranças em dia? Quanto custa isso? Tempo? Quantas preciosidades estão "perdidas" em nossas casa, em nossa família com com nosso amigos e amores?

As lembranças e as histórias não podem ser esquecidas, nem devemos tentar apagá-las e sim, revivê-las, lembrá-las e perpetuá-las.

Hoje construímos nosso caminho e nossas lembranças futuras, mas quem irá contá-las aos nossos netos e bisnetos a saga que vivemos?

Reúna-se com a família e com os amigos, troquem lembranças, além de ser de graça, há possibilidade de boas risadas. Divirta-se: ontem, hoje e amanhã!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Agonias Ilustradas - Jeferson Bandeira




 


Resumo da experiência: Adorei o livro, a embalagem, o conteúdo e a dedicatória. Para quem desejar "boas cartadas", é uma ótima pedida! Indico!


Recentemente conheci alguns escritores da Liga dos Autores Free. Foi uma grata surpresa, já comentado em outro texto.

É engraçado como os laços de amizade se intensificam por meio da leitura.

Ganhei de presente do Jeferson Bandeira, o livro Agonias Ilustradas.

O correio demorou mais de uma semana para entregar, lamentável. Ontem o livro chegou!

A surpresa começou pela embalagem, uma linda caixinha de "baralho", dentro, como se fossem as cartas do jogo, o livro.

O livro é lindo, fiquei mais feliz ainda por ter vindo com dedicatória.

Amo jogar baralho: Poker, Truco, Mau-mau, Baccarat e por ai vai. Aliás, baralho com palavras muito bem escritas, para mim, além de criativo, mostra bom gosto.

O livro é composto por micronarrativas, enumeradas como as cartas, com naipes e sem esquecer da carta coringa.

Os textos são ótimos, alguns fáceis de ler, outro nos exige pensar, mas com certeza, todos de ótima qualidade.

Eu fiquei inquieta, não consegui parar de ler. Hoje na sala de espera, no consultório médico, duas pessoas me perguntaram o que eu estava lendo, isso mostra que mesmo antes de abri-lo, o livro já chama atenção.

Gostei muito, valeu minha semana de espera.

Eis uma Amostra Grátis do livro Agonias Ilustradas.

Jardim do Éden
Jeferson Bandeira

Timidamente, vê soltar-se botão a botão, num ritmo leve e empolgante.
Os olhos mostram ser tudo natural.
Quando quase toda rubro-nua se desperta arfante a inaugural roseira.

Resumo da experiência: Adorei o livro, a embalagem, o conteúdo e a dedicatória. Para quem desejar "boas cartadas", é uma ótima pedida! Indico!





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Guita Soifer e Paulo Leminski - MON

Resumo da experiência: Oficina Construindo livros livremente foi ótima. A Guita Soifer é uma artista completa, pois une a qualidade do trabalho com simplicidade e carisma que possui. A organização do MON estava ótima. O treinamento dos profissionais, excelente. Exposição do Paulo Leminski, imperdível. Fácil de encontrar vaga e para completar, tudo isso, de graça!


Ontem acordei animadíssima para fazer um piquenique no "Parcão" (fundos do Museu Oscar Niemeyer). No dia anterior separei toalha xadrez, cesta de madeira pintada com florzinhas (ganhei de uma amiga), comprei bebidas, filme plástico e todos os ingredientes para sanduíche natural.

Acordei cedo, separei tudo, montei os sanduíches e.......chovia! Fiquei esperando. Achei que ia passar, era só uma garoinha. Até as 14h, nada de parar de chover. Pensei em levar um plástico no lugar da toalha, e um guarda-chuva no lugar do guarda-sol, mas não daria muito certo, até porque, depois do piquenique, iríamos à Oficina Construindo livros livremente, oferecido gratuitamente pelo MON.

A artista do mês era a Guita Soifer. Como eu já conheço seu trabalho e a fantástica pessoa que ela é, eu não poderia perder. As três horas da tarde, mesmo com chuva, eu estava lá com toda a família.

Eu adoro levar meus cães no "Parcão", mas detesto ter que encontrar vaga para estacionar no domingo a tarde. Já passei mais tempo procurando vaga do que curtindo o parque.

Ontem foi diferente, por causa da chuva, encontrei vaga bem perto da porta de entrada. (já fiquei feliz) Logo na entrada do museu, fomos atendidas por uma moça muito simpática, ela nos informou  que para a oficina, o ingresso deveria ser pego do outro lado do museu, eu quiosque específico para a oficina. Quando fiz menção de ir buscar, ela me avisou que um funcionário já teria ido buscar para não precisarmos ir até lá. Tratamento VIP.

Assim que chegamos a exposição, um segurança no abordou. Pensei que ia pedir para não fumar,não fotografar, não falar, não pensar, sei lá. Normalmente quando um segurança se aproxima é para falar oque não pode fazer. Pasmem, ele abriu um sorriso e disse: Boa tarde, essa exposição é para ser tocada e sentida, peguem os livros, sintam o livro em suas mãos, aproveitem a oficina e eu estou a disposição.

Até esse momento, eu já estava feliz de ter ido. Quando passamos pelo segurança, havia uma enorme mesa com livros diversos, Não eram livros comuns, eram livros "diferentes". Uns feitos em feltro, outros em acrílico, em juta, em tule, em bronze, em tecido endurecido por parafina, com fotos, sem fotos, com desenhos, sem desenhos, colados, costurados, enfim construídos. Adorei a ideia.

Do outro lado da mesa, uma menina de aproximadamente 8 anos falava para a avó que tinha tido uma ideia, mais outra e mais outra. No final ela falou: Nossa vó, tive muitas idéias, posso usar até lixo reciclável e o mais importante é que agora estou gostando mais ainda de livros!

A sala da oficina estava milimetricamente arrumada. Em cima de mesa, para cada um, tinha: cola branca, cola em bastão, agulha, tesoura e demais materiais de apoio.

Um pouco antes da oficina começar, apresentaram a artista e ela falou sobre a proposta e sobre o trabalho. O objetivo era aproximar o visitante à arte e fazer com que cada um criasse o seu próprio livro, mostrando que, com todo o material disponível, nós só precisaríamos utilizar uma coisa, a CRIATIVIDADE!



A oficina começou e fomos até os monitores para buscar o material. Nada de kits prontos, cada um escolhia o material que gostaria de utilizar. Tudo isso sem economia ou regras de quantidade desse ou daquele por pessoa; havia vários tipos de fitas, de fios, papéis, arames, recortes de revista, recortes de eva, palitos de sorvete, uma infinidade de materiais, que se transformariam em um livro.


Material em mãos e cada um em sua mesa trabalhando. Pude perceber que lá não havia discriminação. Não existia o certo e o errado, era simplesmente criar. Quem fazia melhor, pior ou mais rápido, recebia a mesma atenção dos demais. Homens, mulheres, senhoras de idade, crianças, todos com o mesmo objetivo de entrar em contato com a arte, com o lúdico e com momentos de prazer.

Lembrei de minha infância quando passava as tardes criando arte no Bondinho da Rua XV.  Aos sábados, sentava em pleno calçadão e passava horas pintando em enormes pedaços de papéis. Aqueles papéis se transformavam em outro mundo, eu criava, pintava, desenhava e ia construindo um universos que era somente meu. Ontem no museu, me senti assim. O mundo parou, sem tempo, sem chuva, sem hora, eu simplesmente desliguei.

Ao final da oficina, a artista Guita Soifer, com toda a simplicidade e carisma, olhava cada livro feito por seus alunos. Com todo o carinho do mundo, ela nos instigava a construirmos vários outros livros em casa.

Após a oficina, fomos ao "olho", lá estava uma maravilhosa exposição sobre Paulo Leminski. Lembro que ele passou algumas tardes compondo no jardim da casa de meu avô, junto com meus tios. Não o conheci pessoalmente, mas conheço seu trabalho e algumas histórias de bastidores.

Fiquei imaginando quais daquelas poesias teriam sido escritas no jardim do vô. Muito colorida, muito histórica e muito bem apresentada a exposição. Vimos fotos, textos, filmes e diversos trabalhos de Paulo Leminski.

Lá fora ainda chovia, mas confesso, isso nem me incomodou.

E o piquenique? Foi feito no meio da sala!

Resumo da experiência: Oficina Construindo livros livremente foi ótima. A Guita Soifer é uma artista completa, pois une a qualidade do trabalho com simplicidade e carisma que possui. A organização do MON estava exemplar. O treinamento dos profissionais, excelente. Exposição do Paulo Leminski, imperdível. Fácil de encontrar vaga e para completar... tudo isso, de graça!

          AMOR BASTANTE 

          quando eu vi 
          você 
          tive uma ideia 
          brilhante 
          foi como se eu olhasse 
          de dentro de um diamante 
          e meu olho ganhasse 
          mil faces num só intante 
          basta um instante  
          e você tem amor bastante

          Paulo Leminski



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Beijos esterilizados - Poesia Grátis


Beijos esterilizados


Antes da cirurgia paciente faz recomendações:

- Por favor, venha com beijos esterilizados quando for tocar em meu coraçãozinho.
Equipe médica treinada e especializada em mexer em casca grossa, em peles mortas e veias entupidas de amores que encontrei em fast foods gordurentos. Minha preguiça sentimental, meu sedentarismo que fazia escolhas péssimas, acabei aqui pela quinta vez.

- Se possível, UTI com palhaços e assistente social, e lógico, um religioso caso venha partir.
Logicamente um plano pós-operatório, para que depois dessa cirurgia possa comigo dividir a cama, as dores, as lamúrias, falácias, possíveis dores imaginárias.
Talvez depois disso ganhe poderes além da vida.
Médium que psicografa mensagens de amor, de gente morta e mau amada, que não se resolveu em vida.
Tudo isso é tão lindo e pouco prático.
Tão bobo que pode passar despercebido.

-Por favor, quando for entrar no meu coraçãozinho limpe os pés. Aliás acabei de passar por cirurgia terrível...
- Fale baixinho ao "pé-do-ouvido", suas palavras farão cócegas em minha alma.
- Não me tragam flores, elas me lembram momentos fúnebres, pois em pouco tempo elas partirão. Deixe-as plantadas, isso trará vida após minha partida.
- Caso eu parta, não quero livro de presenças, meus amigos estavam ao meu lado enquanto ainda respirava.
- Façam festa, comemorem, voltarei em uma brisa leve para acariciar o rosto de quem amei. Nesse momento pense em mim que estarei em ti. Se eu souber que você é feliz, mesmo longe, depois de ter partido, terei sido feliz!

Ariadne Zippin
amostramostra.blogspot.com

Rafão Miranda
www.ligadosautoresfree.com/

Primeiras palavras (aula grátis)



Meu vô paterno, só tinha irmãos homens e filhos homens.

Imagine quando nasci, uma menina! Posso afirmar que fui mimadíssima. Lembro que com três anos eu queria comer "queijo de furinhos" (queijo suíço), lá foi o meu avó encomendar na importadora. Naquela época não tinha para vender em qualquer lugar.

Em um outro dia sismei que queria experimentar o conhaque flambado. Adorava ver aquele suporte para taça dourado, era um boi em bronze que puxava, no lugar da carroça, a taça de conhaque. A vela embaixo do suporte era acesa e eu ficava olhando aquela bebida linda ser flambada.

O conhaque foi encomendado, quando chegou, lembro de todo o preparativo desde a abertura da garrafa, até do fogo esquentando aquele delicioso "ouro derretido". Molhei os lábios e.....detestei. É claro, eu gostava mesmo era de ver aquele brilho da chama em meio ao líquido reluzente. Hoje penso que se meu avô tivesse colocado guaraná, poderia ter dado o quase o mesmo efeito. Eu não entendia nada de bebidas. Aliás, até hoje não entendo muito. Gosto de alguns vinhos, sei qual tipo servir em uma recepção, aprendi a combiná-los com cada prato, mas não apurei o meu gosto e nem sinto falta. Prefiro sucos e Coca-cola a cerveja e outras bebidas. Baco que me perdoe.

Quando nasci foi uma festa. A primeira menina do lado paterno. Fui mimada sim, alguns dizem que ainda sou, mas que mal tem nisso? Eu não vejo nenhum...rs

Morávamos bem na pracinha do Batel e lá ia eu todos os dias perfumada, arrumada, com "Maria-chiquinha" passear com minha babá.

Na verdade não lembro muito bem dela, nem de seu nome, mas uma história repercute na família até hoje.

Certo dia, falei as minhas primeiras palavras: Tia Diana, querida e fofa! SIM! Se tratando de Ariadne, minha primeira "palavra" foi uma frase!

Não foi mérito meu, foi da babá. Aliás, foi da minha Tia Diana, querida e fofa. Ela combinou que dobraria o salário da babá, caso ela conseguisse me fazer falar esta frase.

Imagine a minha mãe esperando, pela primeira vez, ouvir as tão sonhada palavra: Mãe!


E lá fui eu: Tia Diana, querida e fofa! Minha mãe deve ter ficado roxa, azul, sei lá mais que cor. Ela esperava simplesmente e apaixonadamente a palavra mãe e eu saí com essa!


Qual é a mulher que não quer ouvir seu primeiro filho falando Mãe?

É um momento tão especial, motivo de comemoração e divulgação para amigos e famílias.

Posso garantir que esse momento é mágico para qualquer mãe, ainda mais, mãe de primeira viagem, mas hoje vejo que foi muito mais engraçado eu ter começado assim, até hoje esse momento rende boas risadas.

Hoje a Tia Diana continua sendo a minha querida e fofa, além de ser minha amiga, é a avó postiça de minhas filhas.

O melhor de tudo isso é que minha mãe adora essa história!


Quem quiser ensinar seu filho a falar, fale com a Tia Diana, além de ser de graça, é tiro e queda!!!!
Quais serão as primeiras palavras? Isso eu não sei, mas garanto que entrarão para a história.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

R$ 415,00 de economia e muita diversão!


Resultado "econômico" das experiências de uma semana: livros, ingressos, produtos, comes e bebes de graça, economizei R$ 415,00

Não estou computando nesse valor as aulas já agendadas, nem os produtos que estou aguardando chegar. 

Atividades como fazer bolinhas de sabão, fazer novas amizades e dar boas risadas, não têm preço. Impossível computar. 

Uma semana divertida com economia de quase quinhentos reais, mostra que é possível viver ao extremo sem colocar a mão no bolso. Digo mais, as coisas imensuráveis, foram as que mais me deram prazer!


Buquê congelado

Resumo da experiência: Buquê de graça e muita saudade no coração!


Sempre fui convidada para muitas festas e promovi outras tantas.Aniversários, festas temáticas, shows, feiras, formaturas, mas casamentos nem tanto.

A maioria de minhas amigas optaram por serem solteiras e sem filhos, não sei ao certo o motivo, mas também não vem ao caso.

Certo dia recebi o convite de casamento de uma grande amiga (madrinha de minha filha). Oba! Casamento a vista! Todas brincávamos sobre quem pegaria o buquê, quem seria a sortuda. É claro que no fundo todas queriam pegar, afinal todas queriam encontrar seu grande amor.

Preparativos prontos, presente comprado, roupa escolhida, salão agendado. Chegou o dia do casamento e acordei uma gripe gigantesca. Gripe daquelas que me fez lacrimejar o dia todo, nariz trancado, febre e arrepios. Não pude ir ao casamento.

As demais amigas foram e nenhuma delas pegou o tão esperado buquê. Como assim? A noiva saiu "a francesa" e não jogou o buquê!

Passou a lua-de-mel e resolvemos reunir as amigas para fofocar. Saímos a noite e a "noiva" pediu para que esperássemos em frente ao seu prédio, fora do carro, pois ela tinha uma surpresa.

Ficamos esperando. Ela chega com um lindo buquê de orquídeas. Não era um buquê qualquer, era o buquê do casamento, ela congelou!!!! Isso mesmo CONGELOU para jogar para as amigas! Chamo isso de amizade verdadeira!

Todas preparadas no meio da Rua Ângelo Sampaio esquina com Avenida Visconde de Guarapuava, 3 horas da manhã, e a noiva jogou o tão desejado buquê. Adivinhe quem pegou? EU!!!! Acho que as outras amigas ficaram com medo de levar uma "buquezada" na testa. Brincadeira, todas tentaram pegar, mas com a minha "super mão para agarrar um amor", levei a melhor!

Deixei o meu "presente" congelado por muito tempo, até o dia que o freezer pifou.

Adorei ser lembrada, adorei o buquê, adorei a história e guardo esse momento no cantinho do meu coração. Posso garantir que esse presente me trouxe muita sorte!

Resumo da experiência: Buquê de graça e muita saudade no coração!


L´Occitane grátis


 Vista da janela do Hotel Marmara (Taksin) - Istambul

Resumo da experiência: Se não entender, posso desenhar! Os produtos são ótimos, não sei dizer qual é o melhor. Aprendi que quem tem caneta e papel vai à Turquia! 



Quando fui para a Turquia, fiquei hospedada no Hotel Marmara em Istambul. O hotel era maravilhoso, muito bem decorado, e quase sem paredes. A principal janela do quarto ocupava uma parede inteira, de forma que mesmo deitada, era possível ver grande parte da cidade. (foto 1) Tenho muitas histórias para contar, mas quando fui escrever esse post, lembrei de uma passagem que me fez rir sozinha.

Todas as manhãs no banheiro do apartamento, a arrumadeira deixava uma cesta com vários produtos da L´Occitane. Todo rótulo escrito em turco. L´Occitane e "de graça", vou usar todos!!! 

Separei 2 frascos de uma linha chamada Olive (deliciosa, mas desenvolvida somente para a Ásia) e fui tomar banho de banheira. Lavei o cabelo e achei horrível pois o shampoo não fez espuma. Quem sabe poderia ser a "moda'" TURCA. Na dúvida, em Roma como os romanos.

Passei o condicionador e também não gostei muito, pois no outro dia meu cabelo estava muito pesado.

Eu fui sozinha para a Turquia então as espumas de barbear iriam sobrar. Que dúvida, experimentei para lavar o rosto. Foi uma delícia, super refrescante. Usei todos os dias.....rs

O hidratante era meio grudento, não gostei. Três dias depois, nada de me acertar com os produtos. Com meu "turquês" chamei a arrumadeira e perguntei se ela não tinha outra linha de produtos, ela não entendeu, então literalmente tive que desenhar.

Desenhei um corpo e posicionei cada produto em uma determinada parte do corpo. Foi muito engraçado quando, ainda por gestos, ela me mudou toda "logística" dos produtos. 

Resumindo, eu estava usando hidratante no cabelo e shampoo no corpo........kkkkkkkkkkkkk Não quero nem imaginar o que ela pensou que eu fazia com o creme de barbear.......rs




Ontem ganhei  o shampoo e o condicionador (Aramacologia da L´Occitane), modo de usar em português!

Usei quase toda a linha, que aliás,hoje é uma de minhas preferidas. Esse shampoo eu ainda não tinha usado.

A embalagem é super fofa, vem com bico dosador que facilita muito na hora de usar.

Os dois têm um aroma maravilhoso. "É um complexo natural de 5 óleos essenciais - Menta, Pinho, Alecrim, Laranja e Artemisia - que trabalham juntos em sinergia para estimular e dar energia aos cabelos finos e normais."

O shampoo fez muita espuma, mas o condicionador não parecia que ia funcionar muito bem.

Após secar os cabelos, percebi que o condicionador funcionou sim. O cabelo fica muito macio, muito mesmo. O aroma permanece mesmo depois de horas após o banho. o cabelo fica leve e super hidratado.

Tenho certeza de que é uma ótima aquisição.

Resumo da experiência: Se não entender, posso desenhar! Os produtos são ótimos, não sei dizer qual é o melhor. Aprendi também que quem tem caneta e papel vai à Turquia!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Rádio-relógio assassino


Sempre fui curiosa e gostei de arrumar as coisas. Em minha infância não tínhamos tanto eletrodomésticos como hoje em dia, mas isso não me impedia de "fuçar" em cada um deles.

Eu tinha um rádio-relógio enorme. Gostava muito dele. Um dia meu fiel "acordador" parou de funcionar.

Não tive dúvidas, chave-de-fendas em mãos, abri o coitadinho. Virei e mexi, acabei achando o problema, os fios estavam soltos. Deve ter "caído" no chão, após ter tentado me acordar....rs

Apenas 2 fios? Moleza! O difícil era arrumar televisão, aquilo não era nada para mim!

Descasquei os fios, juntei os dois e passei fita isolante. Parafusei meu queridinho e PRONTO!

Meu irmão estava passando, pedi carinhosamente que ele ligasse o rádio na tomada para mim.


POW!!! Um estrondo e uma labareda. Torrei o meu radinho. Eu não devia ter juntado os dois fios,mas sim, encapado cada um individualmente. Aprendi um pouco tarde, mas aprendi.

Meu irmão? Hummm,ele até hoje não gosta de tomadas. Culpa do rádio-relógio, não acham?


Para os que duvidam que rádios-relógios são assassinos, eis a prova. Comprei em Miami um modelo zen. Além de tocar música e despertar, ele relaxava, pelo menos é o que dizia na caixa.
Três simples botõezinhos de relaxamento, um deles era som de água do mar, o segundo de cachoeira e o terceiro de tempestade.

Eu ganhei de minha vizinha um pintinho amarelinho, lindinho e saudável. Levei o bichinho para casa e é claro que meus pais não gostaram. Coloquei-o e uma caixinha, com paninho, pote de água e fomos dormir, até por que no outro dia eu teria que devolvê-lo.

Pintinho nanando, radio relógio ligado no barulho do mar, fui dormir. Lembro-me que antes de pegar no sono, estava adorando aquele sonzinho, era mais ou menos, CHHHIIIIIII, chuuuuaaaaaa, CHHHHIIIIII, chuuuuuuuuaaaaaaa! Ô relax!

No outro dia acordei com uma gigantesca dor de cabeça e todos os nervos, músculos e células do meus corpo estavam sinalizando um som estranho CHHHIIIIIII, chuuuuaaaaaa, CHHHHIIIIII, chuuuuuuuuaaaaaaa. Parecia tortura chinesa.

Levantei, mesmo sentindo o mundo pesando e fui acordar meu 'hóspede". Ele dormia tão profundamente, pensei que estava dormindo por causa do som "relaxante". Meio-dia, 14h, 15h, 16h....e o bichano dormindo. Que folgado!

Folgado nada, meu amarelinho estava morto!!! "Mortinho da Silva". Ainda me resta a certeza de que o pintinho foi assassinado pelo rádio-relógio.

Resumo da experiência: Um irmão traumatizado, um rádio-relógio torrado, um rádio-relógio no lixo e um pintinho morto. Ponto positivo: Não precisei devolver meu bichinho.

P.S: O meu rádio-relógio que explodiu, era igualzinho ao da foto.