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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Aula de hipismo grátis


Resumo da experiência: Estou toda dolorida, difícil de executar qualquer movimento. Amei a aula de hipismo, amo cavalos e o melhor foi ver o brilho nos olhos de minhas filhas. Fui fazer uma aula experimental e resolvi praticar o esporte. Espero que minhas dores não trotem e sim, que passem a galope!



Ontem fui fazer aula de hipismo na Sociedade Hípica Paranaense.

Amante de cavalos, passei minha infância e adolescência, perto deles. Frequentava a Hípica do Circulo Militar do Paraná. Eu não tinha o meu cavalo e não fazia aulas, mas andava a cavalo no picadeiro para cansá-los, servia o lanche (torrões de açúcar mascavo), ajudava a dar banho, escovar e até fazer tranças nas crinas. Amava tudo aquilo, sabia o nome de cada um o temperamento e as preferências alimentícias.

Na hípica existia um cavalo que era a minha paixão, o nome dele era Apache. Ele era enorme, marrom com branco e algumas marcações em preto. Nele era proibido montar. O porte, a forma de sua cabeça, sua crina maravilhosa me faziam sonhar em ser uma amazona.

Não sei o motivo, mas resolvi praticar outros esportes mais radicais e os cavalos viraram meu hobby.

Ontem fui fazer a minha aula de hipismo. O problema já começou em casa, qual roupa vestir? Botas de cano alto, só as de salto alto. Usei tênis. Culote de montaria eu não linha, a calça mais próxima disto era uma legging. Eu tinha camisa pólo, mas já que estava totalmente descaraterizada, coloquei uma outra blusa qualquer. Para não ficar tão, mas tão medonha a roupa, coloquei meu anel de cavalo e fui. Como se o anel mudasse muito alguma coisa!

Cheguei na hípica e fui muito bem atendida. Fui levada às cocheiras para conhecer os cavalos. Um mais lindo que o outro, escapei de algumas mordidas, mas estava adorando o passeio e o ambiente que me remeteu à infância.

Para minha maior surpresa, confesso que fiquei emocionada, um senhor que estava alimentando os cavalos me contou que ele era o tratador do Apache. Trabalhou 15 anos no CMP e durante esse tempo ele foi o responsável pelo Apache. A saudade bateu no peito!

Recebi um capacete e segui o professor e o "meu" cavalo. Zabup era o nome dele. Ele não era muito alto, era todo castanho e muito meigo. Montei no Zapub. Como já comentei, andar a cavalo era uma paixão, pensei que seriam fáceis os próximos 30 minutos. Só achei.

Segurei as duas rédeas com uma das mãos. O professor já me corrigiu, cada rédea deveria ser segurada com uma única mão, uma para cada rédea e com o dedo minguinho por baixo da rédea. Para melhor segurança eu deveria tirar os anéis, nãoooooooo, meu anel de cavalo nãaaaooo, fui com o anel mesmo. As mãos não deviam ser apoiadas na cela. Imagine ficar com as mãos sem apoio em uma mesma posição por meia hora.



Recebi a orientação para nunca apontar o cavalo para o meio da pista, onde existiam as barreiras de salto, caso fizesse isto o cavalo provavelmente saltaria. O cavalo não saltou, mas naquele momento, meu coração sim.

Os pés deveriam ficar em uma posição um tanto diferente. Os estribos ficam quase nas pontas dos pés e os calcanhares deveriam permanecer apontados para o chão. Posição desconfortável. Meus pés não me obedeciam, sempre escorregavam para frente e meu tênis acabava prendendo no estribo. Fora esta posição dar mais equilíbrio (segundo o professor), ela também ajuda, em caso de queda, o cavaleiro se soltar do cavalo.

Dei algumas voltas ao redor da pista e o professor achou que estava no hora de me fazer trotar, eu prefiro galopar, mas atendi prontamente. Achei que estava fazendo certo, o trote estava lindo, pelo menos eu achava... Não era o cavalo que faria o movimento de trote, enquanto ele trotava eu deveria fazer o movimento de subir e descer sem movimentar o corpo e os pés, somente as pernas fariam força. Eu jurava que o movimento de sobe e desce era feito suavemente e sem a ajuda humana.

Tentei, ele disse que estava ótimo, só faltava acertar o ritmo, pois eu estava subindo e levantando umas 4 vezes em cada trote, eu parecia uma britadeira sobre cavalo. Acertei o ritmo e continuei. Neste sobe e desce a minha coluna começou a sentir. Continuei. Minhas nádegas começaram a doer. Minhas pernas amorteceram. Meus braços doíam muito.


O dia estava maravilhoso, sol, céu azul e nenhuma pingo de chuva. Lindo mesmo, tão lindo que parecia que em cima do cavalo eu estava mais perto do sol. Meu cabelo escorria de suor dentro daquele capacete. Os braço além de doídos estavam torrando ao sol, mas vamos trotar!!!

25 minutos depois, pare o mundo que eu quero descer! Acabei a aula um pouco mais cedo, por iniciativa própria. Minhas filhas foram montar.
Quando todas já haviam montado, fomos guardar o Zabup. Ele não parecia tão cansado quanto nós.

Na saída fomos saber sobre a matrícula, sobre lojas para comprar culotes, capacetes e botas. Demos tchau ao Guilherme (um pônei muito fofo) que nos observou durante toda a aula e partimos com a sensação de quero mais.

Após a aula, fomos à casa de minha mãe tomar um delicioso banho de mangueira no jardim para finalizar o dia.

Eu não escrevi este texto ontem pois sabia que ele daria continuidade.

Quando cheguei em casa ontem a noite, eu já estava dolorida, sentar estava praticamente impossível. Meus pés estavam doloridos, pois como não fui com as botas específicas, os estribos ficaram machucando.

Hoje acordei com tudo doendo. Não posso ser injusta, não estou com tudo doendo, meus cílios estão bem! Agora fica a dúvida, faço mais uma aula hoje ou espero passar a dor para começar?

Resumo da experiência: Estou toda dolorida, difícil de executar qualquer movimento. Amei a aula de hipismo, amo cavalos e o melhor foi ver o brilho nos olhos de minhas filhas. Fui fazer uma aula experimental e resolvi praticar o esporte. Espero que minhas dores não trotem e sim, que passem a galope!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Netuno das piscinas





Resumo da experiência: Sua cor, seu toque, seu aroma, me fascina. Te amo piscina!


Meu blog tem essa cor, por causa da maior paixão que tenho, piscina! Desde que nasci sou fascinada por águas azuis, prefiro piscina a mar. Aprendi a nadar em DV Country Club, foi uma aula bem didática e rápida.

Eu tinha 2 aninhos e meu tio me levou para o segundo, e último, andar do trampolim. Lá estava eu, achando que ia pular com meu tio. Estava com medo, era muito alto e eu não tinha a mínima certeza do que ia acontecer. Meus pais estavam na borda e aguardavam o salto duplo.

Meu tio me levantou  no colo e.....me jogou! Ele não pulou comigo, simplesmente me jogou lá do alto. Durante a queda, meus pais ficaram apavorados, não tinha ninguém tão perto para me tirar da água. Meu tio apenas bradou: - Deixe ela se virar, assim vai aprender a nadar!

Alguns segundo depois, lá estava eu, emergindo. Um tanto assustada, engasgada, agitada, nadei em estilo "cachorrinho" e consegui chegar a borda da piscina. Todos olhando com um misto de pavor e orgulho. Me tiraram da piscina e alguns minutos depois estava eu novamente no colo do meu tio subindo o trampolim. Daquele dia em diante a piscina virou minha paixão.

Pratiquei natação, pólo aquático, saltos ornamentais e passava o maior tempo possível dentro da água.

Sentir seu corpo leve, seus cabelos dançando livremente, a água te abraçando naquela água azul, não tem preço.

Muitos momentos maravilhosos em minha vida ocorreram na piscina ou em sua borda.

Estudei em um colégio dentro de um clube. Minha sala de aula era bem frente a piscina. No inverno, eu ficava triste, pois minha 'amiga" estava vazia. No verão, eu a via cheia, mas não só de água, de gente também. (Esse prédio branco na foto, era a minha pré-escola)

Eu tinha 5 anos na época; uma certa tarde quente, se não me engano meados de setembro, a piscina estava cheia e quase ninguém nadando. Na hora do recreio, não tive dúvidas, me joguei na piscina. Me joguei com roupa e tudo, fiquei boiando, nadando de um lado para o outro, até que a Olga, a diretora, me viu. Como não veria? Dentro daquela imensidão azul, estava eu, nadando de uniforme.

Batalhão de professoras vieram ao meu encontro, nenhuma quis entrar de roupas. Aproveitei a deixa e fiquei bem no meio da piscina, inalcançável. A aula acabou, a piscina tinha hora para fechar e quando olho para a sala da diretora, avisto meu pai! Um homem assíduo na direção dos colégios desde então.

Sai da água e fui encontrar "Netuno". Levei uma bronca e rigorosamente proibida de entrar com uniforme na piscina em horário de aula. Guardei  no íntimo essas palavras.

Alguns dias se passaram. Tarde quente, ensolarada, recreio e lá fui eu para a piscina. Meu pai me proibiu de entrar na água "com uniforme", desde o dia da bronca, antes do uniforme eu vestia o biquíni.

Lá estava eu, de biquíni, dentro da água, encontrando Netuno novamente! As férias chegaram e mudei de colégio. Minha maior decepção foi que no novo colégio não tinha piscina. Isso não foi problema para mim.

Vários dias após a aula, eu ia com algumas colegas do colégio tomar banho de piscina na casa de uma amiga. Sua casa era bem pertinho da escola. Certo dia, fomos a sua casa buscar alguma coisa, não me lembro bem o que era, só sei que era algo necessário para a realização de uma prova final. Acho que era um transferidor, compasso ou algo assim, mas isso não vem ao caso. Seus pais não estavam em casa, tivemos que pular o muro e tentar entrar pela janela. O muro conseguimos pular, mas entrar pela janela, não.

Sentamos na varanda, ao lado da piscina e "CHIBUM" me jogaram na água. Foi um joga daqui, dali e no final todos estavam de uniforme molhados, descabelados e desesperados, pois a prova final começaria em minutos.

Pulamos o muro e voltamos para o colégio. Entramos na sala de aula, sentamos normalmente e ficamos aguardando o professor distribuir a prova. A porta abre e lá apareceu o temido diretor. Pediu que saíssemos, pois molhados não poderíamos fazer a prova.

Perguntei se ele poderia me mostrar em que lugar estava escrito essa regra. Caso essa norma estivesse no manual do aluno dizendo que não poderíamos fazer a prova com o uniforma molhado, todos nós iríamos reprovar e sem maiores discussões. Como eu já esperava, não havia a tal regra.

Fizemos a prova. A aula continuou normalmente enquanto o sol de primavera secava nossos uniformes. Final da aula, quem estava na porta do colégio  me esperando? Netuno!!!!

Netuno me fez lembrar, até chegarmos em casa, da primeira conversa que tivemos no jardim de infância. NUNCA MAIS ENTRAR COM O UNIFORME DO COLÉGIO NA PISCINA!!!!

Agora me pergunto, não seria mais fácil extinguirem o uso de uniforme?

Esses relatos são apenas uma pequena amostra grátis sobre o fascínio por piscinas, por sua cor e pelo seu cheiro.

Resumo da experiência: Sua cor, seu toque, seu aroma, me fascina. Te amo piscina!