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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Guita Soifer e Paulo Leminski - MON

Resumo da experiência: Oficina Construindo livros livremente foi ótima. A Guita Soifer é uma artista completa, pois une a qualidade do trabalho com simplicidade e carisma que possui. A organização do MON estava ótima. O treinamento dos profissionais, excelente. Exposição do Paulo Leminski, imperdível. Fácil de encontrar vaga e para completar, tudo isso, de graça!


Ontem acordei animadíssima para fazer um piquenique no "Parcão" (fundos do Museu Oscar Niemeyer). No dia anterior separei toalha xadrez, cesta de madeira pintada com florzinhas (ganhei de uma amiga), comprei bebidas, filme plástico e todos os ingredientes para sanduíche natural.

Acordei cedo, separei tudo, montei os sanduíches e.......chovia! Fiquei esperando. Achei que ia passar, era só uma garoinha. Até as 14h, nada de parar de chover. Pensei em levar um plástico no lugar da toalha, e um guarda-chuva no lugar do guarda-sol, mas não daria muito certo, até porque, depois do piquenique, iríamos à Oficina Construindo livros livremente, oferecido gratuitamente pelo MON.

A artista do mês era a Guita Soifer. Como eu já conheço seu trabalho e a fantástica pessoa que ela é, eu não poderia perder. As três horas da tarde, mesmo com chuva, eu estava lá com toda a família.

Eu adoro levar meus cães no "Parcão", mas detesto ter que encontrar vaga para estacionar no domingo a tarde. Já passei mais tempo procurando vaga do que curtindo o parque.

Ontem foi diferente, por causa da chuva, encontrei vaga bem perto da porta de entrada. (já fiquei feliz) Logo na entrada do museu, fomos atendidas por uma moça muito simpática, ela nos informou  que para a oficina, o ingresso deveria ser pego do outro lado do museu, eu quiosque específico para a oficina. Quando fiz menção de ir buscar, ela me avisou que um funcionário já teria ido buscar para não precisarmos ir até lá. Tratamento VIP.

Assim que chegamos a exposição, um segurança no abordou. Pensei que ia pedir para não fumar,não fotografar, não falar, não pensar, sei lá. Normalmente quando um segurança se aproxima é para falar oque não pode fazer. Pasmem, ele abriu um sorriso e disse: Boa tarde, essa exposição é para ser tocada e sentida, peguem os livros, sintam o livro em suas mãos, aproveitem a oficina e eu estou a disposição.

Até esse momento, eu já estava feliz de ter ido. Quando passamos pelo segurança, havia uma enorme mesa com livros diversos, Não eram livros comuns, eram livros "diferentes". Uns feitos em feltro, outros em acrílico, em juta, em tule, em bronze, em tecido endurecido por parafina, com fotos, sem fotos, com desenhos, sem desenhos, colados, costurados, enfim construídos. Adorei a ideia.

Do outro lado da mesa, uma menina de aproximadamente 8 anos falava para a avó que tinha tido uma ideia, mais outra e mais outra. No final ela falou: Nossa vó, tive muitas idéias, posso usar até lixo reciclável e o mais importante é que agora estou gostando mais ainda de livros!

A sala da oficina estava milimetricamente arrumada. Em cima de mesa, para cada um, tinha: cola branca, cola em bastão, agulha, tesoura e demais materiais de apoio.

Um pouco antes da oficina começar, apresentaram a artista e ela falou sobre a proposta e sobre o trabalho. O objetivo era aproximar o visitante à arte e fazer com que cada um criasse o seu próprio livro, mostrando que, com todo o material disponível, nós só precisaríamos utilizar uma coisa, a CRIATIVIDADE!



A oficina começou e fomos até os monitores para buscar o material. Nada de kits prontos, cada um escolhia o material que gostaria de utilizar. Tudo isso sem economia ou regras de quantidade desse ou daquele por pessoa; havia vários tipos de fitas, de fios, papéis, arames, recortes de revista, recortes de eva, palitos de sorvete, uma infinidade de materiais, que se transformariam em um livro.


Material em mãos e cada um em sua mesa trabalhando. Pude perceber que lá não havia discriminação. Não existia o certo e o errado, era simplesmente criar. Quem fazia melhor, pior ou mais rápido, recebia a mesma atenção dos demais. Homens, mulheres, senhoras de idade, crianças, todos com o mesmo objetivo de entrar em contato com a arte, com o lúdico e com momentos de prazer.

Lembrei de minha infância quando passava as tardes criando arte no Bondinho da Rua XV.  Aos sábados, sentava em pleno calçadão e passava horas pintando em enormes pedaços de papéis. Aqueles papéis se transformavam em outro mundo, eu criava, pintava, desenhava e ia construindo um universos que era somente meu. Ontem no museu, me senti assim. O mundo parou, sem tempo, sem chuva, sem hora, eu simplesmente desliguei.

Ao final da oficina, a artista Guita Soifer, com toda a simplicidade e carisma, olhava cada livro feito por seus alunos. Com todo o carinho do mundo, ela nos instigava a construirmos vários outros livros em casa.

Após a oficina, fomos ao "olho", lá estava uma maravilhosa exposição sobre Paulo Leminski. Lembro que ele passou algumas tardes compondo no jardim da casa de meu avô, junto com meus tios. Não o conheci pessoalmente, mas conheço seu trabalho e algumas histórias de bastidores.

Fiquei imaginando quais daquelas poesias teriam sido escritas no jardim do vô. Muito colorida, muito histórica e muito bem apresentada a exposição. Vimos fotos, textos, filmes e diversos trabalhos de Paulo Leminski.

Lá fora ainda chovia, mas confesso, isso nem me incomodou.

E o piquenique? Foi feito no meio da sala!

Resumo da experiência: Oficina Construindo livros livremente foi ótima. A Guita Soifer é uma artista completa, pois une a qualidade do trabalho com simplicidade e carisma que possui. A organização do MON estava exemplar. O treinamento dos profissionais, excelente. Exposição do Paulo Leminski, imperdível. Fácil de encontrar vaga e para completar... tudo isso, de graça!

          AMOR BASTANTE 

          quando eu vi 
          você 
          tive uma ideia 
          brilhante 
          foi como se eu olhasse 
          de dentro de um diamante 
          e meu olho ganhasse 
          mil faces num só intante 
          basta um instante  
          e você tem amor bastante

          Paulo Leminski



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Beijos esterilizados - Poesia Grátis


Beijos esterilizados


Antes da cirurgia paciente faz recomendações:

- Por favor, venha com beijos esterilizados quando for tocar em meu coraçãozinho.
Equipe médica treinada e especializada em mexer em casca grossa, em peles mortas e veias entupidas de amores que encontrei em fast foods gordurentos. Minha preguiça sentimental, meu sedentarismo que fazia escolhas péssimas, acabei aqui pela quinta vez.

- Se possível, UTI com palhaços e assistente social, e lógico, um religioso caso venha partir.
Logicamente um plano pós-operatório, para que depois dessa cirurgia possa comigo dividir a cama, as dores, as lamúrias, falácias, possíveis dores imaginárias.
Talvez depois disso ganhe poderes além da vida.
Médium que psicografa mensagens de amor, de gente morta e mau amada, que não se resolveu em vida.
Tudo isso é tão lindo e pouco prático.
Tão bobo que pode passar despercebido.

-Por favor, quando for entrar no meu coraçãozinho limpe os pés. Aliás acabei de passar por cirurgia terrível...
- Fale baixinho ao "pé-do-ouvido", suas palavras farão cócegas em minha alma.
- Não me tragam flores, elas me lembram momentos fúnebres, pois em pouco tempo elas partirão. Deixe-as plantadas, isso trará vida após minha partida.
- Caso eu parta, não quero livro de presenças, meus amigos estavam ao meu lado enquanto ainda respirava.
- Façam festa, comemorem, voltarei em uma brisa leve para acariciar o rosto de quem amei. Nesse momento pense em mim que estarei em ti. Se eu souber que você é feliz, mesmo longe, depois de ter partido, terei sido feliz!

Ariadne Zippin
amostramostra.blogspot.com

Rafão Miranda
www.ligadosautoresfree.com/

Primeiras palavras (aula grátis)



Meu vô paterno, só tinha irmãos homens e filhos homens.

Imagine quando nasci, uma menina! Posso afirmar que fui mimadíssima. Lembro que com três anos eu queria comer "queijo de furinhos" (queijo suíço), lá foi o meu avó encomendar na importadora. Naquela época não tinha para vender em qualquer lugar.

Em um outro dia sismei que queria experimentar o conhaque flambado. Adorava ver aquele suporte para taça dourado, era um boi em bronze que puxava, no lugar da carroça, a taça de conhaque. A vela embaixo do suporte era acesa e eu ficava olhando aquela bebida linda ser flambada.

O conhaque foi encomendado, quando chegou, lembro de todo o preparativo desde a abertura da garrafa, até do fogo esquentando aquele delicioso "ouro derretido". Molhei os lábios e.....detestei. É claro, eu gostava mesmo era de ver aquele brilho da chama em meio ao líquido reluzente. Hoje penso que se meu avô tivesse colocado guaraná, poderia ter dado o quase o mesmo efeito. Eu não entendia nada de bebidas. Aliás, até hoje não entendo muito. Gosto de alguns vinhos, sei qual tipo servir em uma recepção, aprendi a combiná-los com cada prato, mas não apurei o meu gosto e nem sinto falta. Prefiro sucos e Coca-cola a cerveja e outras bebidas. Baco que me perdoe.

Quando nasci foi uma festa. A primeira menina do lado paterno. Fui mimada sim, alguns dizem que ainda sou, mas que mal tem nisso? Eu não vejo nenhum...rs

Morávamos bem na pracinha do Batel e lá ia eu todos os dias perfumada, arrumada, com "Maria-chiquinha" passear com minha babá.

Na verdade não lembro muito bem dela, nem de seu nome, mas uma história repercute na família até hoje.

Certo dia, falei as minhas primeiras palavras: Tia Diana, querida e fofa! SIM! Se tratando de Ariadne, minha primeira "palavra" foi uma frase!

Não foi mérito meu, foi da babá. Aliás, foi da minha Tia Diana, querida e fofa. Ela combinou que dobraria o salário da babá, caso ela conseguisse me fazer falar esta frase.

Imagine a minha mãe esperando, pela primeira vez, ouvir as tão sonhada palavra: Mãe!


E lá fui eu: Tia Diana, querida e fofa! Minha mãe deve ter ficado roxa, azul, sei lá mais que cor. Ela esperava simplesmente e apaixonadamente a palavra mãe e eu saí com essa!


Qual é a mulher que não quer ouvir seu primeiro filho falando Mãe?

É um momento tão especial, motivo de comemoração e divulgação para amigos e famílias.

Posso garantir que esse momento é mágico para qualquer mãe, ainda mais, mãe de primeira viagem, mas hoje vejo que foi muito mais engraçado eu ter começado assim, até hoje esse momento rende boas risadas.

Hoje a Tia Diana continua sendo a minha querida e fofa, além de ser minha amiga, é a avó postiça de minhas filhas.

O melhor de tudo isso é que minha mãe adora essa história!


Quem quiser ensinar seu filho a falar, fale com a Tia Diana, além de ser de graça, é tiro e queda!!!!
Quais serão as primeiras palavras? Isso eu não sei, mas garanto que entrarão para a história.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

R$ 415,00 de economia e muita diversão!


Resultado "econômico" das experiências de uma semana: livros, ingressos, produtos, comes e bebes de graça, economizei R$ 415,00

Não estou computando nesse valor as aulas já agendadas, nem os produtos que estou aguardando chegar. 

Atividades como fazer bolinhas de sabão, fazer novas amizades e dar boas risadas, não têm preço. Impossível computar. 

Uma semana divertida com economia de quase quinhentos reais, mostra que é possível viver ao extremo sem colocar a mão no bolso. Digo mais, as coisas imensuráveis, foram as que mais me deram prazer!


Buquê congelado

Resumo da experiência: Buquê de graça e muita saudade no coração!


Sempre fui convidada para muitas festas e promovi outras tantas.Aniversários, festas temáticas, shows, feiras, formaturas, mas casamentos nem tanto.

A maioria de minhas amigas optaram por serem solteiras e sem filhos, não sei ao certo o motivo, mas também não vem ao caso.

Certo dia recebi o convite de casamento de uma grande amiga (madrinha de minha filha). Oba! Casamento a vista! Todas brincávamos sobre quem pegaria o buquê, quem seria a sortuda. É claro que no fundo todas queriam pegar, afinal todas queriam encontrar seu grande amor.

Preparativos prontos, presente comprado, roupa escolhida, salão agendado. Chegou o dia do casamento e acordei uma gripe gigantesca. Gripe daquelas que me fez lacrimejar o dia todo, nariz trancado, febre e arrepios. Não pude ir ao casamento.

As demais amigas foram e nenhuma delas pegou o tão esperado buquê. Como assim? A noiva saiu "a francesa" e não jogou o buquê!

Passou a lua-de-mel e resolvemos reunir as amigas para fofocar. Saímos a noite e a "noiva" pediu para que esperássemos em frente ao seu prédio, fora do carro, pois ela tinha uma surpresa.

Ficamos esperando. Ela chega com um lindo buquê de orquídeas. Não era um buquê qualquer, era o buquê do casamento, ela congelou!!!! Isso mesmo CONGELOU para jogar para as amigas! Chamo isso de amizade verdadeira!

Todas preparadas no meio da Rua Ângelo Sampaio esquina com Avenida Visconde de Guarapuava, 3 horas da manhã, e a noiva jogou o tão desejado buquê. Adivinhe quem pegou? EU!!!! Acho que as outras amigas ficaram com medo de levar uma "buquezada" na testa. Brincadeira, todas tentaram pegar, mas com a minha "super mão para agarrar um amor", levei a melhor!

Deixei o meu "presente" congelado por muito tempo, até o dia que o freezer pifou.

Adorei ser lembrada, adorei o buquê, adorei a história e guardo esse momento no cantinho do meu coração. Posso garantir que esse presente me trouxe muita sorte!

Resumo da experiência: Buquê de graça e muita saudade no coração!


L´Occitane grátis


 Vista da janela do Hotel Marmara (Taksin) - Istambul

Resumo da experiência: Se não entender, posso desenhar! Os produtos são ótimos, não sei dizer qual é o melhor. Aprendi que quem tem caneta e papel vai à Turquia! 



Quando fui para a Turquia, fiquei hospedada no Hotel Marmara em Istambul. O hotel era maravilhoso, muito bem decorado, e quase sem paredes. A principal janela do quarto ocupava uma parede inteira, de forma que mesmo deitada, era possível ver grande parte da cidade. (foto 1) Tenho muitas histórias para contar, mas quando fui escrever esse post, lembrei de uma passagem que me fez rir sozinha.

Todas as manhãs no banheiro do apartamento, a arrumadeira deixava uma cesta com vários produtos da L´Occitane. Todo rótulo escrito em turco. L´Occitane e "de graça", vou usar todos!!! 

Separei 2 frascos de uma linha chamada Olive (deliciosa, mas desenvolvida somente para a Ásia) e fui tomar banho de banheira. Lavei o cabelo e achei horrível pois o shampoo não fez espuma. Quem sabe poderia ser a "moda'" TURCA. Na dúvida, em Roma como os romanos.

Passei o condicionador e também não gostei muito, pois no outro dia meu cabelo estava muito pesado.

Eu fui sozinha para a Turquia então as espumas de barbear iriam sobrar. Que dúvida, experimentei para lavar o rosto. Foi uma delícia, super refrescante. Usei todos os dias.....rs

O hidratante era meio grudento, não gostei. Três dias depois, nada de me acertar com os produtos. Com meu "turquês" chamei a arrumadeira e perguntei se ela não tinha outra linha de produtos, ela não entendeu, então literalmente tive que desenhar.

Desenhei um corpo e posicionei cada produto em uma determinada parte do corpo. Foi muito engraçado quando, ainda por gestos, ela me mudou toda "logística" dos produtos. 

Resumindo, eu estava usando hidratante no cabelo e shampoo no corpo........kkkkkkkkkkkkk Não quero nem imaginar o que ela pensou que eu fazia com o creme de barbear.......rs




Ontem ganhei  o shampoo e o condicionador (Aramacologia da L´Occitane), modo de usar em português!

Usei quase toda a linha, que aliás,hoje é uma de minhas preferidas. Esse shampoo eu ainda não tinha usado.

A embalagem é super fofa, vem com bico dosador que facilita muito na hora de usar.

Os dois têm um aroma maravilhoso. "É um complexo natural de 5 óleos essenciais - Menta, Pinho, Alecrim, Laranja e Artemisia - que trabalham juntos em sinergia para estimular e dar energia aos cabelos finos e normais."

O shampoo fez muita espuma, mas o condicionador não parecia que ia funcionar muito bem.

Após secar os cabelos, percebi que o condicionador funcionou sim. O cabelo fica muito macio, muito mesmo. O aroma permanece mesmo depois de horas após o banho. o cabelo fica leve e super hidratado.

Tenho certeza de que é uma ótima aquisição.

Resumo da experiência: Se não entender, posso desenhar! Os produtos são ótimos, não sei dizer qual é o melhor. Aprendi também que quem tem caneta e papel vai à Turquia!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Rádio-relógio assassino


Sempre fui curiosa e gostei de arrumar as coisas. Em minha infância não tínhamos tanto eletrodomésticos como hoje em dia, mas isso não me impedia de "fuçar" em cada um deles.

Eu tinha um rádio-relógio enorme. Gostava muito dele. Um dia meu fiel "acordador" parou de funcionar.

Não tive dúvidas, chave-de-fendas em mãos, abri o coitadinho. Virei e mexi, acabei achando o problema, os fios estavam soltos. Deve ter "caído" no chão, após ter tentado me acordar....rs

Apenas 2 fios? Moleza! O difícil era arrumar televisão, aquilo não era nada para mim!

Descasquei os fios, juntei os dois e passei fita isolante. Parafusei meu queridinho e PRONTO!

Meu irmão estava passando, pedi carinhosamente que ele ligasse o rádio na tomada para mim.


POW!!! Um estrondo e uma labareda. Torrei o meu radinho. Eu não devia ter juntado os dois fios,mas sim, encapado cada um individualmente. Aprendi um pouco tarde, mas aprendi.

Meu irmão? Hummm,ele até hoje não gosta de tomadas. Culpa do rádio-relógio, não acham?


Para os que duvidam que rádios-relógios são assassinos, eis a prova. Comprei em Miami um modelo zen. Além de tocar música e despertar, ele relaxava, pelo menos é o que dizia na caixa.
Três simples botõezinhos de relaxamento, um deles era som de água do mar, o segundo de cachoeira e o terceiro de tempestade.

Eu ganhei de minha vizinha um pintinho amarelinho, lindinho e saudável. Levei o bichinho para casa e é claro que meus pais não gostaram. Coloquei-o e uma caixinha, com paninho, pote de água e fomos dormir, até por que no outro dia eu teria que devolvê-lo.

Pintinho nanando, radio relógio ligado no barulho do mar, fui dormir. Lembro-me que antes de pegar no sono, estava adorando aquele sonzinho, era mais ou menos, CHHHIIIIIII, chuuuuaaaaaa, CHHHHIIIIII, chuuuuuuuuaaaaaaa! Ô relax!

No outro dia acordei com uma gigantesca dor de cabeça e todos os nervos, músculos e células do meus corpo estavam sinalizando um som estranho CHHHIIIIIII, chuuuuaaaaaa, CHHHHIIIIII, chuuuuuuuuaaaaaaa. Parecia tortura chinesa.

Levantei, mesmo sentindo o mundo pesando e fui acordar meu 'hóspede". Ele dormia tão profundamente, pensei que estava dormindo por causa do som "relaxante". Meio-dia, 14h, 15h, 16h....e o bichano dormindo. Que folgado!

Folgado nada, meu amarelinho estava morto!!! "Mortinho da Silva". Ainda me resta a certeza de que o pintinho foi assassinado pelo rádio-relógio.

Resumo da experiência: Um irmão traumatizado, um rádio-relógio torrado, um rádio-relógio no lixo e um pintinho morto. Ponto positivo: Não precisei devolver meu bichinho.

P.S: O meu rádio-relógio que explodiu, era igualzinho ao da foto.


Sempre Tua - Florbela Espanca



Resumo da experiência: Adorei o livro. É difícil parar de ler. Além de romântico, denso, nos mostra muito sobre a história portuguesa. INDICO!




Recentemente ganhei  de uma amigo, (mega, power plus, super, hiper, conhecedor das boas palavras), o Livro Sempre Tua. Correspondências amorosas 1920-1925. Florbela Espanca.

O livro é uma compilação das cartas, escritas entre 1920 e 1925, por Florbela para Antônio Marques Guimarães, seu segundo marido. Até 2008, as cartas de amor foram conservadas inéditas.




"Saiba o leitor que 34 anos após o suicídio de Florbela, o médico Mario Lage faculta, aos desconsolados simpatizantes dela, que retirassem de seus restos mortais, as "lembrancinhas" que julgassem convenientes....numa (digamos) compadecida divisão comunitária de Florbela, numa espécie de comunhão do Mito: num civilizado (e imperdoável) ritual moderno de consentido canibalismo."



Florbela era uma mulher de muitas faces. Ela era estrategista, destemida, somatizadora, burguesa, espirituosa e apaixonada. Considerada a maior poetiza portuguesa, amou, sofreu, chorou e adoravelmente, escreveu.


Suas cartas revelam o quanto ela viveu intensamente o amor. Algumas de suas cartas têm apelo sexual, diria até, sensual. Nada muito explícito, mas sim, um código entre o casal.

Senti Florbela um tanto angustiada, com muita vida e impossibilitada de vivê-la em sua plenitude, por ser uma mulher, em uma época totalmente machista e segregadora. Dessa forma, ela, mesmo muito moderna, se podava de determinadas atitudes, a meu ver, um dos motivos que a levou ao suicídio.

Embora seja um tema um tanto pesado, o livro é doce, encantador e cheio de desventuras.

Minha maior vontade após ler esta epistolografia, é ler as cartas de Antônio. Cartas que devem ter-se perdido com o tempo.

Li o livro na Ilha do Mel, no começo do ano. Essa semana reli com o intuito de tentar descobrir quais eram as palavras de Antônio para Florbela.

Para quem gosta de um livro denso, gostoso de ler, com passagens implícitas e muita densidade. Indico! Leiam e releiam, vale a pena!

Resumo da experiência: Adorei o livro. É difícil parar de ler. Além de romântico, denso, nos mostra muito sobre a história portuguesa. INDICO!

Human Bodies - Maravilhas do Corpo Humano


Resumo da experiência: Amei a exposição. É uma atração para todas as idades e níveis de conhecimento. A produção ótima, iluminação perfeita e sem tempo cronometrado para assistir. Você entra e fica a vontade com seus pensamentos.  Para quem tem gosto aguçado pelo conhecimento,vale muito a pena ir. Indico! E se quiserem, me convidem, que volto com certeza!



Quando fiquei sabendo da exposição, Human Bodies - Maravilhas do Corpo Humano, tive muita vontade de conhecer.

Ganhei um ingresso de meu grande amigo Tom Abrão. Produtor de grandes eventos, competente além de um doce de pessoa (sem querer bajular, pois quem o conhece, sabe muito bem do que estou falando).Combinei com minhas filhas, pai, irmão e uma amiga de irmos juntos.

Antigamente eu era amante da morbidez, tanto que cheguei a trabalhar no necrotério do  IML, como voluntária.  Lembrei hoje, durante a exposição, meu primeiro dia de trabalho no Instituto Médico Legal.

Para entrar no necrotério existiam 2 entradas, uma para atendimento ao público e outra para os funcionários. Era um enorme corredor. A secretária me disse para descer as escadas e entrar na segunda porta, lá eu pegaria um jaleco, luvas e todo o  material necessário para começar a minha saga. Ela só esqueceu de falar se era a porta da esquerda ou a direita, escolhi a da esquerda.

Quando entrei na sala, estava tudo apagado eu só consegui ver algumas imensas bandejas de inox. Era horário do almoço a não havia mais ninguém no local. Procurei a tomada de luz com os olhos, mas não conseguia ver naquela escuridão. Fui apalpando, apalpando e senti algo um tanto curvilíneo para uma bancada ou parede. Lá estava ela: Minha amiga "senhora cadáver". Era uma senhora de aproximadamente 80 anos, negra, cabelos grisalhos e um tanto obesa. Lembro até hoje da sua fisionomia, como se me olhasse, perguntando: - O que está fazendo aqui?

Achei a chave de luz e vi que ao lado da minha "amiga", descansando eternamente, estavam mais 4 pessoas. Mesmo lembrando dos demais, a primeira "defunta" a gente nunca esquece.

Voltando a exposição, hoje foi o grande dia. Lá existem corpos inteiros, membros, cérebros, enfim, uma infinidade de novos conhecimentos.


Como fumante, levei um choque ao ver a cor de alguns pulmões, quem sabe, isso seja um empurrãozinho pra que eu deixe o cigarro de lado!

Enquanto admirávamos a exposição, ouvi alguns comentários interessantes, a maioria deles indagados por minhas filhas: - Não quero ser somente um boneco sem vida! - Mãe, se o estômago é desse tamanho, por que comemos tanto? - E eu, reclamando que a minha pele! - Como somos bonitas! - Somos maiores que um computador, o corpo é uma máquina, como sabemos controlar cada um desses órgãos? E por ai os questionamentos e comentários se seguiram.

A exposição é linda, ótima disposição, iluminação excelente, monitores simpáticos oferecendo toda as orientações que pedíamos. Realmente gostei muito.

Quando pensei que a exposição estava findando, me enganei, havia muito mais a ser visto.

Observei atentamente a arte da natureza.  Alguns órgãos são parecidos com brócolis, outros com filés suculentos, outros com cascas de árvores, labirintos, florestas de ramificações nervosas, somos uma obra viva. Os animais me chamaram a atenção, principalmente por eu ser do signo de Áries (quem participou da exposição sabe do que estou falando). Não posso detalhar muito tudo o que vi, acredito que todos devam ir, ver com seus próprios olhos e tirar as suas conclusões. Eu ouvi muita coisa a respeito mas não imaginava ser tão educativo.

Eu adorei, me fez conhecer e principalmente pensar. Dentro de nós existe vida? O que nós estamos fazendo com os nossos corpos? Quem eram aquelas pessoas? Que estilo de vida elas levavam? Ricas ou pobres? Nós somos "aquilo" por dentro?

Uma das coisas que mais me chamou a atenção, foi que não havia um sinal de diferença social.  Para sermos perfeitos, falta uma pitada de alma e atitude.






Nos achamos melhores ou piores que os demais, mas no final, acabamos da mesma forma. Conhecer a exposição, vai além de vermos corpos humanos, ela nós dá vontade de aumentar nosso auto-conhecimento e principalmente nos faz perceber que todos somos iguais perante Deus. (independente do credo)








Resumo da experiência: Amei a exposição. É uma atração para todas as idades e níveis de conhecimento. A produção ótima, iluminação perfeita e sem tempo cronometrado para assistir. Você entra e fica a vontade com seus pensamentos.  Para quem tem gosto aguçado pelo conhecimento,vale muito a pena ir. Indico! E se quiserem, me convidem, que volto com certeza!