Mostrando postagens com marcador piscina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador piscina. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Etiqueta - Sorbet


Resumo da experiência: Aprendi que sofisticação, modos e cultura são ótimos para você se comportar bem em qualquer lugar e não passar vergonha. A lição mais linda que tive foi que, não importa o momento, seja você mesmo, viva intensamente e tenha sempre por perto um pão com ovo, ele salva você de qualquer aperto!




No texto anterior comentei sobre o sorbet.  A iguaria é utilizada para preparar o paladar para o próximo prato, assim sendo, o sabor do prato degustado interiormente não é misturado com o sabor do próximo prato. Uma espécie de entremets (entre pratos) Hoje em dia ele vem sendo utilizado como sobremesa, mas na minha época, não era aconselhável seu uso com essa finalidade.

O sorbet tem a consistência parecida com o sorvete. Ele é mais leve, sem açúcar e sem gordura. Normalmente tem um gosto um pouco azedinho como um suave sorvete de limão.

Certa ocasião fui convidada para uma festa muito sofisticada. Festa, aliás, que muito pouco se vê hoje em dia.

A festa foi na casa de uma pessoa muito conhecida em Curitiba, motoristas chegando com os ilustres convidados, governadores, políticos, empresários, a high society curitibana em peso.

Dentro da piscina da casa, montaram um palco para a orquestra. Os homens de black tie, as mulheres arrumadíssimas desfilando vestidos com as melhores grifes e as crianças vestidas de mini-adultos.

A orquestra embalava o jantar com músicas eruditas mescladas com Frank Sinatra, Harry Connick Jr. e artistas renomados da época. Era tanta gente na orquestra que se o palco desabasse e todos caíssem na piscina, ia ter músico saindo seco.

O jantar foi servido à francesa (em outro texto explico detalhes), não lembro da entrada, mas lembro que um dos pratos foi a "temida" codorna. Falo temida, pois nem todos têm a habilidade em comê-la com garfo e faca. É tão verdade isso que vi algumas codornas assadas voando pela festa. Outra iguaria que me lembro é o escargot. Muita gente não comeu, por terem nojo? Não! Por não saberem tirar o caramujo da "casinha". Até ai tudo bem, a comida estava deliciosa, mas não posso dizer que eram muito fáceis de comer.

Fogos de artifícios, discursos e sobremesa.

Antes da sobremesa, os garçons serviram o sorbet. Para o sorbet fazer o efeito desejado, é só você colocar um pouco na colher e comê-lo de forma que ele passe por toda a sua papila gustativa para que ele elimine os demais sabores que já estão em sua boca.

NUNCA, nunca tome o sorbet, como se fosse um pote de banana split! É só um pouquinho e pronto, que venha o próximo sabor!

A mulherada se atracou no sorbet pensando ser a sobremesa principal, tinha gente até repetindo a sobremesa. Fiasco total.

A festa continuou e minha tia não tinha comido nada, não gostava de escargot, de codorna, de sorbet e depois de ver algumas das mulheres consideradas as mais sofisticadas da sociedade, apareceu em nossa mesa com um enorme pão com ovo! PÃO COM OVO!!!!




Resumo da experiência: Aprendi que sofisticação, modos e cultura são ótimos para você se comportar bem em qualquer lugar e não passar vergonha. A lição mais linda que tive foi que, não importa o momento, seja você mesmo, viva intensamente e tenha sempre por perto um pão com ovo, ele salva você de qualquer aperto!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Ray Conniff de graça



Já comentei em outro texto sobre minha paixão por piscina. Eu passava o dia inteiro no clube e se possível dentro d´água.

No verão o clube instalava enormes caixas de som para ouvirmos música de qualquer lugar.

Certo dia chuvoso, fiquei em casa. Eu e minha vizinha sempre ouvíamos determinada rádio.
A rádio não era muito focada em um determinado estilo, tocava Barão Vermelho, Fagner, Blitz, Oingo Boingo, Fabio Jr., Wando, The Clash, Fagner, Zeca Pagodinho, Cazuza, Ritchie, Ovelha, Morais Moreira, The Cure, Kid Vinil, ABBA, Carpenters, Simon & Garfunkel, O espírito da coisa...

Eu era muito amiga do dono de uma das maiores rádios de Curitiba, sempre ganhei ingressos, camisetas e demais brindes. Quando eu estava em casa, preferia ouvir rádio a ver televisão.

Naquela tarde o telefone tocou e lá no fundo eu podia ouvir as mesmas músicas que estavam tocando na rádio naquele momento:

- Boa tarde, quem fala?
- É a Ariadne
- Olá, Aqui é da rádio "tal" e gostaria de saber se você quer ganhar o kit da rádio e um par de ingressos para o show do Ray Conniff.
- Claro!
- Para ganhar um "par de ingressos é preciso ter mais uma participante.
- Minha amiga "fulana" está ao meu lado.
- Estamos ao vivo. Vocês ganharão caso consigam falar o nome das 5 próximas músicas.
- Combinado!

Ouvimos as 5 músicas. Eu e minha amiga sabíamos o nome de somente quatro delas.
O "radialista"" falou que se cantássemos a última música, ganharíamos tudo. A música era Chora coração do Wando. (Nunca mais esqueci o nome da música) O que fizemos? Cantamos é claro!!!!

....choraaaaaa, coração, passarinhho na gaiola como gente na prisãaaaaaoooooooooo......

A ligação caiu.

Achei estranho, eu nem liguei para participar e a rádio me ligou, que chic, deve ter sido por causa da amizade com o proprietário.

Segunda-feira eu e minha amiga partimos para a rádio. Ninguém, absolutamente ninguém, sabia da promoção. Realmente o show do Ray Conniff era patrocinado por eles, mas não existia nenhuma promoção.

Para a história não ser tão triste, acho que se comoveram conosco e saímos de lá com o par de ingressos.

No sábado seguinte, o maior sol, piscina, som no máximo volume, piscina cheia, clube lotado e nossos amigos nos olharam e começaram a rir, segundo depois, o que escutamos saindo daquela imensa caixa de som? A gravação que nossos "amigos" fizeram em fita cassete. Ouviram meu nome, ouviram as 2 cantando Wando e lá fomos nós para dentro da piscina fingir que éramos avestruzes aquáticos.




Foi muito engraçado, mesmo na época. Muitas vezes só conseguimos rir dessas situações tempos depois, mas nesse caso foi engraçado desde a ligação telefônica.

Sábado a noite, onde estávamos? Ouvindo Ray Conniff cantar ao vivo La Paloma Blanca, e o melhor, de graça!!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Netuno das piscinas





Resumo da experiência: Sua cor, seu toque, seu aroma, me fascina. Te amo piscina!


Meu blog tem essa cor, por causa da maior paixão que tenho, piscina! Desde que nasci sou fascinada por águas azuis, prefiro piscina a mar. Aprendi a nadar em DV Country Club, foi uma aula bem didática e rápida.

Eu tinha 2 aninhos e meu tio me levou para o segundo, e último, andar do trampolim. Lá estava eu, achando que ia pular com meu tio. Estava com medo, era muito alto e eu não tinha a mínima certeza do que ia acontecer. Meus pais estavam na borda e aguardavam o salto duplo.

Meu tio me levantou  no colo e.....me jogou! Ele não pulou comigo, simplesmente me jogou lá do alto. Durante a queda, meus pais ficaram apavorados, não tinha ninguém tão perto para me tirar da água. Meu tio apenas bradou: - Deixe ela se virar, assim vai aprender a nadar!

Alguns segundo depois, lá estava eu, emergindo. Um tanto assustada, engasgada, agitada, nadei em estilo "cachorrinho" e consegui chegar a borda da piscina. Todos olhando com um misto de pavor e orgulho. Me tiraram da piscina e alguns minutos depois estava eu novamente no colo do meu tio subindo o trampolim. Daquele dia em diante a piscina virou minha paixão.

Pratiquei natação, pólo aquático, saltos ornamentais e passava o maior tempo possível dentro da água.

Sentir seu corpo leve, seus cabelos dançando livremente, a água te abraçando naquela água azul, não tem preço.

Muitos momentos maravilhosos em minha vida ocorreram na piscina ou em sua borda.

Estudei em um colégio dentro de um clube. Minha sala de aula era bem frente a piscina. No inverno, eu ficava triste, pois minha 'amiga" estava vazia. No verão, eu a via cheia, mas não só de água, de gente também. (Esse prédio branco na foto, era a minha pré-escola)

Eu tinha 5 anos na época; uma certa tarde quente, se não me engano meados de setembro, a piscina estava cheia e quase ninguém nadando. Na hora do recreio, não tive dúvidas, me joguei na piscina. Me joguei com roupa e tudo, fiquei boiando, nadando de um lado para o outro, até que a Olga, a diretora, me viu. Como não veria? Dentro daquela imensidão azul, estava eu, nadando de uniforme.

Batalhão de professoras vieram ao meu encontro, nenhuma quis entrar de roupas. Aproveitei a deixa e fiquei bem no meio da piscina, inalcançável. A aula acabou, a piscina tinha hora para fechar e quando olho para a sala da diretora, avisto meu pai! Um homem assíduo na direção dos colégios desde então.

Sai da água e fui encontrar "Netuno". Levei uma bronca e rigorosamente proibida de entrar com uniforme na piscina em horário de aula. Guardei  no íntimo essas palavras.

Alguns dias se passaram. Tarde quente, ensolarada, recreio e lá fui eu para a piscina. Meu pai me proibiu de entrar na água "com uniforme", desde o dia da bronca, antes do uniforme eu vestia o biquíni.

Lá estava eu, de biquíni, dentro da água, encontrando Netuno novamente! As férias chegaram e mudei de colégio. Minha maior decepção foi que no novo colégio não tinha piscina. Isso não foi problema para mim.

Vários dias após a aula, eu ia com algumas colegas do colégio tomar banho de piscina na casa de uma amiga. Sua casa era bem pertinho da escola. Certo dia, fomos a sua casa buscar alguma coisa, não me lembro bem o que era, só sei que era algo necessário para a realização de uma prova final. Acho que era um transferidor, compasso ou algo assim, mas isso não vem ao caso. Seus pais não estavam em casa, tivemos que pular o muro e tentar entrar pela janela. O muro conseguimos pular, mas entrar pela janela, não.

Sentamos na varanda, ao lado da piscina e "CHIBUM" me jogaram na água. Foi um joga daqui, dali e no final todos estavam de uniforme molhados, descabelados e desesperados, pois a prova final começaria em minutos.

Pulamos o muro e voltamos para o colégio. Entramos na sala de aula, sentamos normalmente e ficamos aguardando o professor distribuir a prova. A porta abre e lá apareceu o temido diretor. Pediu que saíssemos, pois molhados não poderíamos fazer a prova.

Perguntei se ele poderia me mostrar em que lugar estava escrito essa regra. Caso essa norma estivesse no manual do aluno dizendo que não poderíamos fazer a prova com o uniforma molhado, todos nós iríamos reprovar e sem maiores discussões. Como eu já esperava, não havia a tal regra.

Fizemos a prova. A aula continuou normalmente enquanto o sol de primavera secava nossos uniformes. Final da aula, quem estava na porta do colégio  me esperando? Netuno!!!!

Netuno me fez lembrar, até chegarmos em casa, da primeira conversa que tivemos no jardim de infância. NUNCA MAIS ENTRAR COM O UNIFORME DO COLÉGIO NA PISCINA!!!!

Agora me pergunto, não seria mais fácil extinguirem o uso de uniforme?

Esses relatos são apenas uma pequena amostra grátis sobre o fascínio por piscinas, por sua cor e pelo seu cheiro.

Resumo da experiência: Sua cor, seu toque, seu aroma, me fascina. Te amo piscina!