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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cinema - Entrada Franca


O Cineclube Sesi Portão apresenta no dia 21 de agosto (quarta), às 19h30, o filme "Marrocos" de Josef Von Sternberg. Entrada franca.

Cineclube Sesi Portão apresenta: "Marrocos" de Josef Von Sternberg
Amy Jolly chega ao Marrocos para tentar esquecer seu passado e ganhar a vida como cantora de cabaré. Acaba conhecendo um viajante milionário e um jovem soldado da legião de combatentes que atua no país, com os quais acaba formando um triângulo amoroso.

Serviço:
dia 21/08 (quarta)
às 19h30
no Teatro do Sesi no Portão
(Rua Padre Leonardo Nunes, 180 – entrada pela rua lateral Rua Álvaro Vardânega)
ENTRADA FRANCA

Realização: Sesi (http://www.sesipr.org.br/cultura/)
Produção: Atalante (http://coletivoatalante.blogspot.com.br/)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Academia vai à escola (Academia de Letras José de Alencar) - Palestras Gratuitas - agende a sua

Arioswaldo Cruz, Anita Zippin e Ariadne Zippin


Arioswaldo Trancoso Cruz e Anita Zippin, Presidente e Vice-presidente da Academia de Letras José de Alencar estiveram presente na Feira do Livro do Colégio Estadual Santa Cândida a convite da Irmã Oliva.

Os dois ministraram uma palestra sobre o prazer da escrita e sobre como despertar seu escritor adormecido!


Além da palestra, sortearam livros, autografaram e conversaram com os futuros escritores sobre o mundo mágico da literatura.

Achei linda a poesia feita e declamada por uma aluna em frente a todos os seus colegas, mostrando sim que independente da idade, classe social, credo ou sexo, todos possuem um escritor dentro de si. Basta saber como fazer crescê-lo e acordá-lo.

O Projeto Academia Vai à Escola, está de portas abertas à todas as escolas que quiserem levar a arte de ler e escrever aos seus alunos. As palestras são gratuitas e precisam ser agendadas.

Maiores detalhes é só entrar em contato comigo pelo e-mail ariadnezippin@gmail.com







quinta-feira, 16 de maio de 2013

Resultado do sorteio - Espetáculo Gala Bolshoi


Quem irá assistir ao  Espetáculo Gala Bolshoi 
é a:

FERNANDA PINTO

Parabéns!

Aproveite cada música, cada momento e depois me envie fotos.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Poesia inédita de Paulo Leminski


Meu avó morava em uma "chácara" na continuação da Avenida Batel. Lembro que a casa, para mim, era um castelo. Aos olhos de uma criança tudo parecia ser enorme. Lembro bem da longa estrada que nos levava a casa, dos seus milhares de pinheiros, da sacada de pedra, da escada frontal, da sala de jantar com um corrimão que chamava qualquer criança a escorregar. Lembro de minha avó bordando em uma janela de vidro que tinha vista para o portão. Milhares de plantas, flores e bichos ao redor. E consigo sentir o aroma dos lençóis sendo "corados" ao sol.

O terreno era muito grande, além da casa, existia um galpão, uma garagem com alguns carros antigos, uma biblioteca feita de vidro bem no meio da mata e um rio. Lembro-me de que seu comesse tudo o que me serviam na hora do almoço, eu poderia ir catar pinhão e andar no rio. Eu sempre comia tudo!

Minha mãe me contou que era nessa biblioteca que meu tio Sérgio e o Paulo Leminski passavam as noites estudando. Estudavam as 7 línguas mortas. Segundo minha avó, o Sérgio e o Paulo só conversavam em latim.

A noite passava e os dois conversando, estudando, escrevendo, só iam dormir quando amanhecia o dia. Nessa hora minha mãe acordava e ia direto para a biblioteca arrumar os livros. O Paulo Leminski a ensinara arrumar todos por ordem alfabética. Todas as manhãs, minha mãe chegava e encontrava uns trocados, pagamento pelo serviço de arrumação dos livros.

Fico imaginando o quão fértil eram aquelas terras, pois nasceram poetas, pintores, fotógrafos, jornalistas, advogados, pessoas de bem e bom coração.

Após comentar a surpresa que tive ao ver a exposição sobre o Paulo Leminski no MON, vieram as histórias de família. Minha prima contou que no casamento de seus pais, meu tio Sérgio recebeu um presente do Paulo com um cartão, segundo ela, com uma frase maravilhosa, ainda não nos revelada. Ela também possui o livro Catatau de autoria do Paulo, assinada com seu polegar. Minha tia revelou que recebeu de presente, assinado e datado em 21/01/1960, uma poesia feita exclusivamente para ela. Com sua autorização, hoje, poderei publicá-la.

A poesia esta guardada até hoje em seu papel original, escrito em letra de forma, com formato infantil, com as seguintes palavras:

DIANA
Paulo Leminski
I
A tarde desmaia
Apolo vai cansado
Às aureas baias
Descanso dar ao iluminado
Carro brilhante do sol
II
A lua já nasce prateada
Banhando os bosques e as colinas
Onde o arroio sussurra escutadas
Palavras de amor das ninfas meninas
Aos faunos rupestres
III
Diana, Deusa caçadora
Já de ninfas cercadas
Afia as setas matadoras
E do arco de freixo armada
Aos campos sai silênciosa
IV
Qual javalí, qual veado
Dos golpes nāo se desconta
Se a Deusa no revaldo
As flechas lhe aponta
E as ninfas a observam
V
De carne providas
As ninfas regressam
E a Diana histórias vividas
De amores lhe contam
Que sorri compassiva
VI
A lua já está alta
E as ninfas a dormir estāo
Quando Diana se dirige
À gruta do gentil Endimiāo
Que repousa num leito de rosas.



Essas histórias vão muito além de serem contos familiares, são histórias e pessoas como essas que me fizeram crescer, aprender, e principalmente gostar de ler.

Viajar pelas páginas do conhecimento, viajar nas nuvens das lembranças, isso nos faz pessoas melhores, histórias e memórias de cada um, são os tijolinhos da construção de cada vida. Aí me pergunto, não está na hora de reunir a família e colocar as lembranças em dia? Quanto custa isso? Tempo? Quantas preciosidades estão "perdidas" em nossas casa, em nossa família com com nosso amigos e amores?

As lembranças e as histórias não podem ser esquecidas, nem devemos tentar apagá-las e sim, revivê-las, lembrá-las e perpetuá-las.

Hoje construímos nosso caminho e nossas lembranças futuras, mas quem irá contá-las aos nossos netos e bisnetos a saga que vivemos?

Reúna-se com a família e com os amigos, troquem lembranças, além de ser de graça, há possibilidade de boas risadas. Divirta-se: ontem, hoje e amanhã!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Agonias Ilustradas - Jeferson Bandeira




 


Resumo da experiência: Adorei o livro, a embalagem, o conteúdo e a dedicatória. Para quem desejar "boas cartadas", é uma ótima pedida! Indico!


Recentemente conheci alguns escritores da Liga dos Autores Free. Foi uma grata surpresa, já comentado em outro texto.

É engraçado como os laços de amizade se intensificam por meio da leitura.

Ganhei de presente do Jeferson Bandeira, o livro Agonias Ilustradas.

O correio demorou mais de uma semana para entregar, lamentável. Ontem o livro chegou!

A surpresa começou pela embalagem, uma linda caixinha de "baralho", dentro, como se fossem as cartas do jogo, o livro.

O livro é lindo, fiquei mais feliz ainda por ter vindo com dedicatória.

Amo jogar baralho: Poker, Truco, Mau-mau, Baccarat e por ai vai. Aliás, baralho com palavras muito bem escritas, para mim, além de criativo, mostra bom gosto.

O livro é composto por micronarrativas, enumeradas como as cartas, com naipes e sem esquecer da carta coringa.

Os textos são ótimos, alguns fáceis de ler, outro nos exige pensar, mas com certeza, todos de ótima qualidade.

Eu fiquei inquieta, não consegui parar de ler. Hoje na sala de espera, no consultório médico, duas pessoas me perguntaram o que eu estava lendo, isso mostra que mesmo antes de abri-lo, o livro já chama atenção.

Gostei muito, valeu minha semana de espera.

Eis uma Amostra Grátis do livro Agonias Ilustradas.

Jardim do Éden
Jeferson Bandeira

Timidamente, vê soltar-se botão a botão, num ritmo leve e empolgante.
Os olhos mostram ser tudo natural.
Quando quase toda rubro-nua se desperta arfante a inaugural roseira.

Resumo da experiência: Adorei o livro, a embalagem, o conteúdo e a dedicatória. Para quem desejar "boas cartadas", é uma ótima pedida! Indico!





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Convite - OFICINA – “X Caminhada Observacional” Gratuita


OFICINA – “X Caminhada Observacional”

Objetivos desta oficina: Exercitar o senso de observação numa área próxima ao centro de Curitiba que faz parte do bairro das Mercês, mostrando grande diversidade nos estilos de casas. Reconhecer espécies adotadas na arborização. Valorizar o cuidado com os cursos d’água. Discutir aspectos da criatividade nas fachadas, esculturas, intervenções urbanas. Coletar conteúdos destinados a eventuais produções artísticas.


com Mário Sérgio Freitas - fotógrafo amador, professor na UTFPR
e-mail: msergio58@yahoo.com.br
colaboração: Rafael Codognoto - bacharel em pintura
e-mail: rafaelcodognoto@hotmail.com
data: 16/2/2013

Concentração: das 13:30 às 14:00 (horário máximo de partida)
Praça 29 de Março - ESQUINA DAS ESTAÇÕES-TUBO
(R. Brigadeiro Branco, esq. Martin Afonso)
Chegada: perto das 18:00 (Praça 29 de Março)

Em caso de tempo chuvoso, podemos adiar para 23/2 ou 02/3.

“Na verdade, as casas são coisas muito estranhas.” (Bill Bryson)
Objetivos desta oficina: Exercitar o senso de observação numa área próxima ao centro de Curitiba que faz parte do bairro das Mercês, mostrando grande diversidade nos estilos de casas. Reconhecer espécies adotadas na arborização. Valorizar o cuidado com os cursos d’água. Discutir aspectos da criatividade nas fachadas, esculturas, intervenções urbanas. Coletar conteúdos destinados a eventuais produções artísticas.

Público alvo: Interessados em meio ambiente, em artes visuais, na memória da cidade, etc. (fotografia, arquitetura, paisagismo, história).

Pré-requisito: Disposição para caminhar 4h em ritmo lento. Desde que acompanhados por um responsável, menores de idade podem participar.

Material necessário: Prancheta portátil com papel para esboços e notas, ou câmera fotográfica, ou filmadora, ou gravador de áudio para voz, etc. Calçados confortáveis. Protetor solar, água potável e lanche individual.

Inscrições: Gratuitas. Não são emitidos certificados formais.

Resumo da atividade: Percurso a pé de um traçado espacial com diversos marcos de interesse.

Aspectos teóricos: A atividade propicia a recuperação de aspectos do campo visual que escapam ao olhar naturalizado: o que transparece na criatividade das fachadas, jardins, monumentos públicos e intervenções é a autoexpressão dos habitantes da cidade, assim como sua memória. Uma rota tortuosa a ser percorrida sem compromisso pelo pedestre propicia que este desenvolva leituras alternativas da paisagem do cotidiano. Antigas árvores podem ser objeto de observação: Que resposta se espera de um caminhante ao ter contato visual com um ser vivo que beneficia a população ocupando o mesmo espaço já há décadas, ou mesmo séculos?


Guita Soifer e Paulo Leminski - MON

Resumo da experiência: Oficina Construindo livros livremente foi ótima. A Guita Soifer é uma artista completa, pois une a qualidade do trabalho com simplicidade e carisma que possui. A organização do MON estava ótima. O treinamento dos profissionais, excelente. Exposição do Paulo Leminski, imperdível. Fácil de encontrar vaga e para completar, tudo isso, de graça!


Ontem acordei animadíssima para fazer um piquenique no "Parcão" (fundos do Museu Oscar Niemeyer). No dia anterior separei toalha xadrez, cesta de madeira pintada com florzinhas (ganhei de uma amiga), comprei bebidas, filme plástico e todos os ingredientes para sanduíche natural.

Acordei cedo, separei tudo, montei os sanduíches e.......chovia! Fiquei esperando. Achei que ia passar, era só uma garoinha. Até as 14h, nada de parar de chover. Pensei em levar um plástico no lugar da toalha, e um guarda-chuva no lugar do guarda-sol, mas não daria muito certo, até porque, depois do piquenique, iríamos à Oficina Construindo livros livremente, oferecido gratuitamente pelo MON.

A artista do mês era a Guita Soifer. Como eu já conheço seu trabalho e a fantástica pessoa que ela é, eu não poderia perder. As três horas da tarde, mesmo com chuva, eu estava lá com toda a família.

Eu adoro levar meus cães no "Parcão", mas detesto ter que encontrar vaga para estacionar no domingo a tarde. Já passei mais tempo procurando vaga do que curtindo o parque.

Ontem foi diferente, por causa da chuva, encontrei vaga bem perto da porta de entrada. (já fiquei feliz) Logo na entrada do museu, fomos atendidas por uma moça muito simpática, ela nos informou  que para a oficina, o ingresso deveria ser pego do outro lado do museu, eu quiosque específico para a oficina. Quando fiz menção de ir buscar, ela me avisou que um funcionário já teria ido buscar para não precisarmos ir até lá. Tratamento VIP.

Assim que chegamos a exposição, um segurança no abordou. Pensei que ia pedir para não fumar,não fotografar, não falar, não pensar, sei lá. Normalmente quando um segurança se aproxima é para falar oque não pode fazer. Pasmem, ele abriu um sorriso e disse: Boa tarde, essa exposição é para ser tocada e sentida, peguem os livros, sintam o livro em suas mãos, aproveitem a oficina e eu estou a disposição.

Até esse momento, eu já estava feliz de ter ido. Quando passamos pelo segurança, havia uma enorme mesa com livros diversos, Não eram livros comuns, eram livros "diferentes". Uns feitos em feltro, outros em acrílico, em juta, em tule, em bronze, em tecido endurecido por parafina, com fotos, sem fotos, com desenhos, sem desenhos, colados, costurados, enfim construídos. Adorei a ideia.

Do outro lado da mesa, uma menina de aproximadamente 8 anos falava para a avó que tinha tido uma ideia, mais outra e mais outra. No final ela falou: Nossa vó, tive muitas idéias, posso usar até lixo reciclável e o mais importante é que agora estou gostando mais ainda de livros!

A sala da oficina estava milimetricamente arrumada. Em cima de mesa, para cada um, tinha: cola branca, cola em bastão, agulha, tesoura e demais materiais de apoio.

Um pouco antes da oficina começar, apresentaram a artista e ela falou sobre a proposta e sobre o trabalho. O objetivo era aproximar o visitante à arte e fazer com que cada um criasse o seu próprio livro, mostrando que, com todo o material disponível, nós só precisaríamos utilizar uma coisa, a CRIATIVIDADE!



A oficina começou e fomos até os monitores para buscar o material. Nada de kits prontos, cada um escolhia o material que gostaria de utilizar. Tudo isso sem economia ou regras de quantidade desse ou daquele por pessoa; havia vários tipos de fitas, de fios, papéis, arames, recortes de revista, recortes de eva, palitos de sorvete, uma infinidade de materiais, que se transformariam em um livro.


Material em mãos e cada um em sua mesa trabalhando. Pude perceber que lá não havia discriminação. Não existia o certo e o errado, era simplesmente criar. Quem fazia melhor, pior ou mais rápido, recebia a mesma atenção dos demais. Homens, mulheres, senhoras de idade, crianças, todos com o mesmo objetivo de entrar em contato com a arte, com o lúdico e com momentos de prazer.

Lembrei de minha infância quando passava as tardes criando arte no Bondinho da Rua XV.  Aos sábados, sentava em pleno calçadão e passava horas pintando em enormes pedaços de papéis. Aqueles papéis se transformavam em outro mundo, eu criava, pintava, desenhava e ia construindo um universos que era somente meu. Ontem no museu, me senti assim. O mundo parou, sem tempo, sem chuva, sem hora, eu simplesmente desliguei.

Ao final da oficina, a artista Guita Soifer, com toda a simplicidade e carisma, olhava cada livro feito por seus alunos. Com todo o carinho do mundo, ela nos instigava a construirmos vários outros livros em casa.

Após a oficina, fomos ao "olho", lá estava uma maravilhosa exposição sobre Paulo Leminski. Lembro que ele passou algumas tardes compondo no jardim da casa de meu avô, junto com meus tios. Não o conheci pessoalmente, mas conheço seu trabalho e algumas histórias de bastidores.

Fiquei imaginando quais daquelas poesias teriam sido escritas no jardim do vô. Muito colorida, muito histórica e muito bem apresentada a exposição. Vimos fotos, textos, filmes e diversos trabalhos de Paulo Leminski.

Lá fora ainda chovia, mas confesso, isso nem me incomodou.

E o piquenique? Foi feito no meio da sala!

Resumo da experiência: Oficina Construindo livros livremente foi ótima. A Guita Soifer é uma artista completa, pois une a qualidade do trabalho com simplicidade e carisma que possui. A organização do MON estava exemplar. O treinamento dos profissionais, excelente. Exposição do Paulo Leminski, imperdível. Fácil de encontrar vaga e para completar... tudo isso, de graça!

          AMOR BASTANTE 

          quando eu vi 
          você 
          tive uma ideia 
          brilhante 
          foi como se eu olhasse 
          de dentro de um diamante 
          e meu olho ganhasse 
          mil faces num só intante 
          basta um instante  
          e você tem amor bastante

          Paulo Leminski