quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Human Bodies - Maravilhas do Corpo Humano


Resumo da experiência: Amei a exposição. É uma atração para todas as idades e níveis de conhecimento. A produção ótima, iluminação perfeita e sem tempo cronometrado para assistir. Você entra e fica a vontade com seus pensamentos.  Para quem tem gosto aguçado pelo conhecimento,vale muito a pena ir. Indico! E se quiserem, me convidem, que volto com certeza!



Quando fiquei sabendo da exposição, Human Bodies - Maravilhas do Corpo Humano, tive muita vontade de conhecer.

Ganhei um ingresso de meu grande amigo Tom Abrão. Produtor de grandes eventos, competente além de um doce de pessoa (sem querer bajular, pois quem o conhece, sabe muito bem do que estou falando).Combinei com minhas filhas, pai, irmão e uma amiga de irmos juntos.

Antigamente eu era amante da morbidez, tanto que cheguei a trabalhar no necrotério do  IML, como voluntária.  Lembrei hoje, durante a exposição, meu primeiro dia de trabalho no Instituto Médico Legal.

Para entrar no necrotério existiam 2 entradas, uma para atendimento ao público e outra para os funcionários. Era um enorme corredor. A secretária me disse para descer as escadas e entrar na segunda porta, lá eu pegaria um jaleco, luvas e todo o  material necessário para começar a minha saga. Ela só esqueceu de falar se era a porta da esquerda ou a direita, escolhi a da esquerda.

Quando entrei na sala, estava tudo apagado eu só consegui ver algumas imensas bandejas de inox. Era horário do almoço a não havia mais ninguém no local. Procurei a tomada de luz com os olhos, mas não conseguia ver naquela escuridão. Fui apalpando, apalpando e senti algo um tanto curvilíneo para uma bancada ou parede. Lá estava ela: Minha amiga "senhora cadáver". Era uma senhora de aproximadamente 80 anos, negra, cabelos grisalhos e um tanto obesa. Lembro até hoje da sua fisionomia, como se me olhasse, perguntando: - O que está fazendo aqui?

Achei a chave de luz e vi que ao lado da minha "amiga", descansando eternamente, estavam mais 4 pessoas. Mesmo lembrando dos demais, a primeira "defunta" a gente nunca esquece.

Voltando a exposição, hoje foi o grande dia. Lá existem corpos inteiros, membros, cérebros, enfim, uma infinidade de novos conhecimentos.


Como fumante, levei um choque ao ver a cor de alguns pulmões, quem sabe, isso seja um empurrãozinho pra que eu deixe o cigarro de lado!

Enquanto admirávamos a exposição, ouvi alguns comentários interessantes, a maioria deles indagados por minhas filhas: - Não quero ser somente um boneco sem vida! - Mãe, se o estômago é desse tamanho, por que comemos tanto? - E eu, reclamando que a minha pele! - Como somos bonitas! - Somos maiores que um computador, o corpo é uma máquina, como sabemos controlar cada um desses órgãos? E por ai os questionamentos e comentários se seguiram.

A exposição é linda, ótima disposição, iluminação excelente, monitores simpáticos oferecendo toda as orientações que pedíamos. Realmente gostei muito.

Quando pensei que a exposição estava findando, me enganei, havia muito mais a ser visto.

Observei atentamente a arte da natureza.  Alguns órgãos são parecidos com brócolis, outros com filés suculentos, outros com cascas de árvores, labirintos, florestas de ramificações nervosas, somos uma obra viva. Os animais me chamaram a atenção, principalmente por eu ser do signo de Áries (quem participou da exposição sabe do que estou falando). Não posso detalhar muito tudo o que vi, acredito que todos devam ir, ver com seus próprios olhos e tirar as suas conclusões. Eu ouvi muita coisa a respeito mas não imaginava ser tão educativo.

Eu adorei, me fez conhecer e principalmente pensar. Dentro de nós existe vida? O que nós estamos fazendo com os nossos corpos? Quem eram aquelas pessoas? Que estilo de vida elas levavam? Ricas ou pobres? Nós somos "aquilo" por dentro?

Uma das coisas que mais me chamou a atenção, foi que não havia um sinal de diferença social.  Para sermos perfeitos, falta uma pitada de alma e atitude.






Nos achamos melhores ou piores que os demais, mas no final, acabamos da mesma forma. Conhecer a exposição, vai além de vermos corpos humanos, ela nós dá vontade de aumentar nosso auto-conhecimento e principalmente nos faz perceber que todos somos iguais perante Deus. (independente do credo)








Resumo da experiência: Amei a exposição. É uma atração para todas as idades e níveis de conhecimento. A produção ótima, iluminação perfeita e sem tempo cronometrado para assistir. Você entra e fica a vontade com seus pensamentos.  Para quem tem gosto aguçado pelo conhecimento,vale muito a pena ir. Indico! E se quiserem, me convidem, que volto com certeza!

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