domingo, 27 de janeiro de 2013

Bicicleta e bolhas de sabão



 Resultado da experiência:  Gostei de pedalar, mas prefiro, bolhas de sabão! 

O objetivo do blog é viver da melhor forma e sem gastar. Não pretendo ser politicamente correta para agradar um grupo ou outro, por isso sou franca em afirmar, antes de aposentar a bicicleta, que tentarei outro passeios. O passeio foi ótimo, as experiências válidas... mas pedalar, não é para qualquer um. 

É preciso treino, disposição, equipamentos de segurança, roupas próprias, hidratação e muito cuidado. Ah se não existissem as subidas! Ligarei a fonte de água (para ouvir o barulhinho), o ventilador e pedalarei na bicicleta ergométrica, depois conto a diferença.



Decidi fazer o passeio de bicicleta hoje. O trajeto seria simples, sou iniciante, ou melhor, praticante, mas enferrujada pelo tempo.
Roteiro imaginado: Início na Theodoro Makiolka (Bairro Barreirinha) e término no Parque São Lourenço.

O problema começou na organização da experiência. Percebi que não tinha roupas adequadas. Tênis, somente de passeio ou com solado especial para praticar tênis. Calça, legging ou jeans? Ok, legging.
Camiseta, camisa jeans, blusinha ou camiseta polo? Cabelo, preso, solto, trança, lenço, faixa, arquinho, prancha ou bandana? Bandana. Maquiagem? Só um gloss. Protetor solar? Sim. Óculos de sol? Sim.

Estava pronta: camiseta polo branca, calça legging cinza escuro, meia branca, tênis branco, bandana de bolinhas, gloss, protetor solar e óculos de sol.  Perfeito, ou quase isso.

Peguei a bicicleta com cestinha, logo percebi que prefiro flores no jardim a flores arrancadas e colocadas na "bici". Cestinha merece ao menos uma florzinha, a minha, ganhou uma artificial. Fofa e ecológica!

Os pneus da bicicleta estavam totalmente vazios. Precisaria de um carro de apoio. Tenta daqui, tira o banco do carro dali, arruma daqui e pronto, a bicicleta estava dentro do carro. Máquina fotográfica em mãos, rumo a minha nova experiência.



Os ciclistas levam garrafinhas de água junto a bicicleta, mas pasmem, só hoje reparei que não têm nenhum suporte para colocar gelo. Sei que têm garrafas térmicas, mas gelo é gelo. ADORO! Que tal um frigobar carregado a pedaladas? Simples, resolvi levar uma bolsa térmica, com 2 potes de gelo e 3 garrafas de água, afinal a jornada seria longa.




Paramos no posto, enchemos os pneus e começou  o meu martírio. Quando olhei na linha do horizonte, percebi algumas subidas íngremes no caminho. Adiei um pouco a minha despedida do carro de apoio. Só mais uma quadra, só mais aquela subida e lá estava eu no Parque e ainda dentro do carro de apoio. Bom, nesse momento, acho que o que eu tinha uma bicicleta de apoio!




Descarreguei a bicicleta e subi, rumo ao Lançamento do Livro de Ales e Lara (esse será um novo post). Bicicletei um pouco, sentei na grama um pouco e ao longe vi um rapaz e uma criança fazendo ENORMES bolas de sabão. Sou louca por bolinhas de sabão, bolonas então, me deixaram louca. Fiquei tão fascinada que não resisti. Minutos depois estava eu, fora da bicicleta, fazendo bolonas de sabão.




Encontrei um grande amigo, professor e hoje ciclista. Admiro muito, ele parou de fumar e hoje anda por toda a cidade pedalando. Falamos sobre bicicleta, e ele me explicou que somando isso com mais aquilo, a bike dele tinha 21 marchas. Enquanto ele contava as marchas, eu estava contando arranhões, unhas quebradas e com medo de ter que contar fala de dentes ou dedos, devido à minha atual falta de equilíbrio.

Imagine a situação da pessoa que escreve, equipada, com enorme bolsa térmica, máquina fotográfica a tira colo e.....................bolsa de couro da Victor Hugo...................kkkkkkkkk
Não estou fazendo propaganda, mas imagine, todo preparativo pensado, e lá, no meio de minha experiência, estava minha bolsa preferida!!!! Sim, tenho mochilas, aliás, mochilas de diversos tamanhos, mas isso nem passou em minha mente.

Óbvio que eu parecia uma ET em meio aos ciclistas. O tempo passou, sentei perto do lago, aproveitando o vento de final de tarde, ganhei um livro, conheci pessoas interessantíssimas, com idéias inovadoras, conheci 3 anjos (na verdade eram anjAs, mas como anjo não tem sexo, vou deixar no masculino mesmo).

No fundo, e não tão fundo, estava com minha consciência doendo, pois preparei tanta coisa para andar de bicicleta e foi a coisa que menos fiz. Levantei na hora e pensei, algumas voltas no parque farão com que eu honre o compromisso que eu tinha comigo e com meus leitores.

Subi na bicicleta, marcha 7, e lá fui eu. Vento batendo no rosto, cabelos esvoaçantes e uma deliciosa sensação de liberdade. Isso tudo até a primeira subida! Comecei a sentir que os músculos de minhas coxas estavam querendo saltar, mas, vou continuar. - Uhu, descida! - Vento batendo no rosto, cabelos esvoaçantes, uma deliciosa sensação de liberdade, músculos pulsando, respiração um pouco ofegante. Mais subida, músculos doendo, respiração tão ofegante que eu nem sabia mais se estava inspirando ou expirando, e um yorkshire resolve me atropelar. Consegui desviar, pedalei até a descida e nessa hora, mesmo descendo, meu cabelo já estava suado, minha unha quebrada, minha perna ardendo, meu pulmão dando "tilt", meu coração acelerado e não sentia a mínima sensação de liberdade, e sim vontade de sentar no carro de apoio.

Avistei minha família me esperando na porta do parque. Parei a bicicleta e desembarquei. Alias desmontei. Meu joelho não respondia, minha coxa estava amortecida e minha respiração... o que é isso mesmo? Sentei na grama e esperei 10 minutos antes de seguir a pé até o carro.

Por hora, me dei por satisfeita. Bicicleta no carro, rumo a casa. Ops, ainda não, antes disso, um Tour. Por onde? Até agora não sei ao certo.

Minha filha comentou que saberia ir a pé pra casa. Meu marido a instigou. Ela deveria comandar o carro, reto, a direita, esquerda, retorno, enfim, deveria explicar o que faria para chegar em casa.

Algumas pessoas nascem com radar de morcego, mas não com GPS integrado. Vira pra cá, vira pra lá, retorna, segue, chegamos em Almirante Tamandaré. Retorna. Muda de rota, muda de rua e nós que saímos do São Lourenço, conhecemos Almirante Tamandaré, chegamos em Colombo. Vira um pouco daqui, mais um pouquinho, ali, retorna, retorna, segue, chegamos ao FIM. Não ao fim do dia, mas ao FIM do MUNDO!

Uma rua estreita, mato para todos os lados, chão de terra e sem visão do que viria pela frente. Quando percebemos estávamos em um beco. Se é que pode-se chamar, o lugar, de alguma coisa além de Fim de Mundo. Acredito que a rua era sem saída, não lembro direito, enfim, nós parecíamos sem saída.

Nessa rua existiam várias casas. Bem construídas e cuidadas. Um senhor em pé, na sacada da casa mais alta, cruzou os braços e ficou nos olhando. Na casa ao lado, mais dois homens apareceram na janela e de lá não saíram. No mato, em frente a casa, dois carros novos. Um com chaves no capô e o outro com o vidro dianteiro perfurado. Meia volta e rápido partimos.

Respiramos fundo e direto pra casa! Sãs e salvas, com a bicicleta no carro, bolsinha de couro e uma deliciosa sensação de plenitude.

Resultado da experiência:  Gostei de pedalar, mas prefiro, bolhas de sabão!

O objetivo do blog é viver da melhor forma e sem gastar. Não pretendo ser politicamente correta para agradar um grupo ou outro, por isso sou franca em afirmar, antes de aposentar a bicicleta, que tentarei outro passeios. O passeio foi ótimo, as experiências válidas... mas pedalar, não é para qualquer um.

É preciso treino, disposição, equipamentos de segurança, roupas próprias, hidratação e muito cuidado. Ah se não existissem as subidas! Ligarei a fonte de água (para ouvir o barulhinho), o ventilador e pedalarei na bicicleta ergométrica, depois conto a diferença.






2 comentários:

  1. Meodeosss, antes de tudo retiro o comentário da postagem anterior.
    Você esta se contrariando, pois para andar de bicicleta segundo esta postagem vai ser mais caro do que se imagina, pouco divertido e muito engraçado para que esta assistindo.

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  2. Verdade. Essa experiência me mostrou que sim. O trânsito mudou e as pessoas também (Infelizmente).
    São 2 histórias diferentes. Em uma percebi que como prática diária pelas ruas de Curitiba, sim,é preciso equipamentos de segurança ("Welcome to the Julgle"). A outra mostra que a simplicidade, pode, dar asas a imaginação e trazer vida aos mais apáticos.
    São duas visões e sensações diferentes, em diferentes dias, fases e idades.
    Pode sair caro, mas, como mostrei, pode ser leve, divertido e barato! Vai depender do ciclista e/ ou de seus pais. Concorda?

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