Sempre fui curiosa e dificilmente tinha medo de enfrentar uma nova "aventura".
Lembro que meu irmão a cada 15 dias aparava o cabelo no barbeiro. Era só passar a máquina e pronto. Seu cabelo era cortado com máquina 4 em cima e 2 na parte de baixo.
Qual era o segredo? Nenhum. Então resolvi virar sua cabeleireira particular.
Máquina em mãos e comecei pela parte de baixo. Só esqueci de regular a máquina para o pente número 2, e sem querer passei o número zero. Foi em um pedaço meio pequeno e nem falei nada, rapidamente coloquei o pente 2 e fiz a parte de baixo. Terminei com o número 4 na parte de cima. Fiz o "pézinho" com a máquina zero e pronto!
Coloquei o espelho para que meu irmão visse a maravilha de cabeleireira que eu era, é claro que eu pulei a parte do buraco.
Quando já estávamos saindo do banheiro, minha avó, que já estava com problemas de visão, entrou e deu um berro: - Nossa! Que buraco é este na sua cabeça!
Não consegui mais disfarçar e naquele dia, minha vida de cabeleireira nasceu morta!
A tarde resolvi que como não poderia ser cabeleireira, eu seria costureira!
Comprei uma revista de moldes de roupas, moletom amarelo claro e escuro e resolvi que faria uma blusa.
Levei mais tempo para achar o desenho certo no molde do que propriamente costurando.
O tecido amarelo escuro, é claro que comprei a menos. Eu não tinha noção nenhuma de costura. Na loja simplesmente coloquei o tecido em minha frente, dei a volta no corpo e mandei cortar. O amarelo claro, era saldo de sobra, levei só por impulso.
Resolvi então fazer o corpo com o tecido amarelo escuro, e as mangas com o claro. As mangas ficaram 3/4. Eu tentei fazer a minha adorável blusa com as mangas longas, mas mesmo juntando todos os tecidos, ainda faltaria pano.
Costurei a tarde toda e a noite também.
Assim que terminei a primeira peça de minha coleção, vesti e sai do quarto toda faceira.
Engatei a "droga" da manga no trinco da porta e quase cai. Para eu não cair, meu irmão (com o cabelo todo estragado) me segurou pelo braço.
Resumo da ópera. Uma manga ficou presa no trinco da porta e se desprendeu da blusa e a outra manga ficou na mão do meu irmão.
Você pensa que fiquei triste? Não! Eu ri muito, afinal eu tinha conseguido fazer o meu primeiro COLETE!
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