quarta-feira, 6 de março de 2013
Freiras em choque
Hoje enquanto eu escrevia o texto sobre o passeio ao eremitério, me lembrei de uma passagem engraçada.
Meu avô morava em frente ao Colégio Nossa Senhora Menina. O colégio era de freiras e naquela época meninos não podiam estudar lá. Hoje já é permitido.
A casa de meu avô sempre foi um grande coração, sempre estava cheia e sempre havia espaço para mais um. As freiras do colégio frequentemente iam almoçar lá ou pelo menos tomar um café da tarde.
Meu tio José tinha problemas de desenvolvimento psicológico devido ao gasogênio. O Zé, como era carinhosamente chamado, passava algumas tardes no colégio com as freiras. Ele era o único homem que entrava lá. Acho que mesmo com o problema que ele tinha, o Zé era o mais esperto de todos.
Certa tarde minha vó preparou o chá da 5h e lá estavam as freiras. O Zé tinha acabado de tomar seu banho e passou pela sala de estar com a toalha enrolada na cintura. Quando ele viu tanta gente na sala, ficou com vergonha e não teve dúvidas, tirou a toalha e cobriu o rosto para se esconder, deixando "todo" resto de fora!
Eu não sabia se chorava, se eu ria, pois algumas freiras gritavam, corriam, berravam e uma delas ficou em choque olhando para "tudo" aquilo. Não sei se ela estava em choque pelo que viu, ou como viu, ou por temer o desconhecido.
O Zé assustado com tanta gritaria, virou de costas e ficou de frente para a parede só com a toalha no rosto.
Eu lembro muito bem dessa cena, pois até hoje fico tentando descobrir, o que será que passou na cabeça daquela freira estática?
Não sei o motivo, mas daquele dia em diante, a casa do meu avô ficou cada vez mais cheia na hora do café!!!
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