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quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Mico" grátis



Quando eu tinha uns 18 anos, descobri São Paulo. Eu já conhecia a cidade, mas de dia e não a sua vida noturna.

Fui com umas amigas no Gallery e depois no Banana Café, os dois de propriedade do Zé Victor Oliva.

Alguns finais de semana que não tinhas festas em Curitiba íamos à São Paulo. Eu tinha acabado de tirar a carteira de motorista, dirigia bem, mas em São Paulo, gastava ais tempo e gasolina tentando achar o Banana Café do que propriamente no lugar.

Eu e minhas amigas, começamos a ir de avião todas as sextas e voltávamos no sábado ou no domingo.

Começou a ficar muito caro para 3 adolescentes, então decidimos ir na sexta - feira de ônibus e voltar no domingo a noite.

Sem carro em São Paulo era impossível!!!

Certo dia pegamos um táxi, para irmos ao shopping. O táxi era da Tic-Tic táxis, e nome do motorista era Toninho. Pegamos seu telefone e para todos os lugares que íamos o Toninho nos levava. Acho que com pena de nós, o Toninho nos propôs que pagássemos por hora e não por Km rodado. Então acertávamos com ele por semana. Shopping, mercado, farmácia, shopping, shopping, Banana Café, lá estava o Toninho, nos levando, segurando sacola e servido de segurança. Um sarro!

Sempre que íamos à São Paulo, ligávamos para ele, e ele já nos esperava na rodoviária.

Certo dia, ele nos disse, que quando nós chegássemos, teríamos uma surpresa.

Quando chegamos na rodoviária, ele tinha comprado um isopor grande que colocou no banco da frente, preso no cinto de segurança. No isopor tinha várias latas de Coca-cola e garrafinhas de água para nós 3. Em cima do isopor, escrito bem grande Curitiba!!! Achei muito fofo, o frigobar feito especialmente para nós! Mas achei que a surpresa tinha acabado por ali.

Fomos para o hotel, nos arrumamos e combinamos com uns amigos de nos encontrarmos na Limelight, outra boate maravilhosa. A Limelight estava localizada em uma rua cheia de bares como era o Largo da Ordem no começo dos anos 90.

Nesta rua estavam as melhores casas noturnas, as pessoas bem arrumadas, carrões e nós com o táxi da Tic-Tic.

No começo da rua o Toninho virou para nós 3 e disse: Vocês acharam que a surpresa era o frigobar? Se enganaram!

Ele tinha colocado um som super potente no carro, e resolveu ligar no último volume, um pagode de sei lá que grupo e passou com a menor velocidade possível pela rua INTEIRA!!!

Nós três ficamos com pena de falar alguma coisa, pois ele estava tentando nos deixar felizes, mas na verdade as três estavam morrendo de vergonha, tentando entrar cada vez mais para baixo do banco, com aquele sorriso amarelo e com o ouvido doendo por causa aquela música que gritava em nossos ouvidos.

Ás vezes penso, como adolescente se preocupa demais com besteiras. Hoje lembro do carinho do Toninho, lembro do "Mico" que passamos e lembro das boas risadas que demos. Aliás, que demos não, que ainda dou em lembrar destes momentos.

E viva o Toninho Pagodeiro!!!



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cafuné grátis


Resumo da experiência: Troquei um casamento por um cafuné! Foi tenso e relaxante ao mesmo tempo. O São Paulo ganhou o jogo. Paguei só a escova, a massagem capilar foi gratuita. Fiz novas amizades e me diverti muito.


No ano de 1997 fui convidada para ir ao casamento de uma amiga em Mogi das Cruzes.

Como tenho o pé na estrada, não pensei duas vezes. Separei a bagagem, vestido, maquiagem, perfume, sapato, coloquei tudo no carro e "caí" na estrada.

Lá em ficaria em um hotel, perto da igreja, tudo certo reservado, arrumado, cheguei em Mogi.

O hotel era um tanto, digamos, "rústico" e muito "antigo". Nesse hotel estavam hospedados os parentes da noiva e eu, a única amiga de Curitiba.

Eu precisava urgente arrumar meus cabelos, fui andando pela redondeza e achei um salão. Pensando bem, devia ser do mesmo dono do hotel, pois ele também era meio "rústico e "antigo".

Sábado a tarde e nenhuma outra opção melhor para fazer uma escova. Entrei no salão.

Um senhor de aproximadamente 130 anos me atendeu, na verdade ele devia ter uns 70 na época, mas aparentava bem mais, principalmente por sua agilidade de locomoção. Ele devia ser o dono do salão e do hotel, pois ele também era "rústico" e "antigo".

Após a afirmativa de que ele lavaria e me faria a escova, ainda reticente, sentei na cadeira do lavatório. Bem em frente, pendurada na parede, tinha uma televisão que transmitia o jogo do São Paulo.

O casamento estava marcado para começar as 18h e eu entrei no salão perto das 15h.

O senhor (não me lembro o nome) começou a lavar meu cabelo. Lavou, lavou , lavou, lavou e não parava  mais de lavar. Ele estava prestando atenção ao jogo. seus olhos estavam vidrados na tela e sua mão massageando minha cabeça.

O cafuné estava tão bom que eu nem pedi para ele se apressar. Entre uma dormida e outra, eu olhei no relógio. Cinco e meia da tarde e eu ainda ali no lavatório. Eu tinha duas opções: ir ao casamento com os cabelos molhados ou aproveitar o cafuné! O que fiz: Claro, aproveitei o cafuné!

Cabelos escovados, corri ao hotel, me vesti, me maquiei e fui à igreja. Quando cheguei a noiva já estava de aliança e quase pronta para beijar o noivo. Sai a "francesa", sentei em um banco de praça bem em frente a porta da igreja e fiquei lá fora esperando. Pensei que a noiva nem iria notar a minha falta agindo daquela forma.

Sentei no banco de praça e fiz amizade com vários meninos de rua. Ficamos ali conversando até a noiva sair.

Quando a noiva chegou bem em frente a porta, me olhou e vi que seus olhos arregalaram, não sei se por ela te achado que eu tinha levado todos aqueles meninos ao casamento, ou, pelo simples motivo de sua madrinha ter faltado ao casamento.

Não contei isso, caro leitor. na verdade nem eu sabia. Ela ia me fazer uma surpresa e na hora do casamento me avisaria que eu seria madrinha. Pois é, a madrinha faltou o casamento, por causa de um cafuné!

Essa minha amiga tem um coração tão grande que além de não ficar chateada pelo atraso, ainda levamos todos meus novos amigos á recepção.

Foi uma delícia essa experiência, além de ainda conseguir ver o beijo dos noivos, mesmo do lado de fora da igreja, me diverti muito e fiz novos amigos.


Resumo da experiência: Troquei um casamento por um cafuné! Foi tenso e relaxante ao mesmo tempo. O São Paulo ganhou o jogo. Paguei só a escova, a massagem capilar foi gratuita. Fiz novas amizades e me diverti muito.